Inter
Que jogão! Inter fez duelo incrível e bateu o Flamengo por ter talento e qualidade para variar a forma de jogar!
- Foi uma vitória do tamanho do Beira-Rio. Uma vitória gigante. De lembrar o Inter do ano passado. De lembrar as muitas coisas importantes que estes jogadores, e seu técnico, já fizeram anteriormente. Tava na hora das coisas acontecerem. Foi difícil, mas elas aconteceram. Que vitória. Que jogo. Que festa no Beira-Rio. 42 mil pessoas viram uma belíssima partida, com um clima incrível e ainda ganharam a vitória de presente.
- Não tem como ser diferente, o melhor e mais importante jogador foi o Maurício. Os méritos são pra ele. Entrou no segundo tempo, fez dois gols, decidiu. No segundo, teve uma solução de qualidade, talento, pra encobrir o Santos, um dos melhores goleiros do Brasil. O que ele fez foi muito grande.
- Também precisamos falar do Alan Patrick. O estilo de jogo o prejudicou no primeiro tempo, mas a mudança no jeito de jogar o fez subir demais de produção. Foi genial nos dois gols. Deu duas pifadas e deixou o Maurício na cara do gol na primeira e colocou a bola na medida no segundo. O Inter tem vários bons jogadores, mas tem um genial, acima da média. É o Alan. Não tem jeito. É diferente.
- Neste pódio de bons jogadores, coloco Igor Gomes e Campanharo dividindo a terceira colocação. Duas atuações muito boas. Igor é a grata surpresa na ala direita. E não só na marcação. Ele vai pro ataque e ajuda bastante. Pode não ir tanto, mas é decisivo. Já o Campanharo foi muito bem de primeiro volante. Brigador, com agilidade, marcando muito, saindo pro jogo. Destaque muito positivo.
- E aí eu entro na variação de jogadas. Mano tem bons atletas à disposição. Esse elenco tem vários caras bons que tão no banco. Não só o Maurício, o De Pena tem qualidade, Luiz Adriano (que não foi bem) todo mundo conhece. Dá pra variar pontas, meias e até atacantes.
- Falando no geral, foi um muito bom jogo de futebol. Mesmo no primeiro tempo, sem tantas finalizações. Em vários momentos, foi uma partida mais estratégica, mais pensada do que necessariamente aquela emoção de toma lá da cá que torcedor, em geral, gosta. No entanto, é sim muito interessante ver duas estratégias diferentes se enfrentando assim. O Flamengo com posse de bola e o Inter no contra-ataque.
- O problema do primeiro tempo foram as jogadas mal aproveitadas. Jhonny errou quando tinha que finalizar e Alemão abusou de perder jogadas. Aliás, Alemão errou no primeiro e segundo tempo. Perdeu várias chances. Partida muito ruim do Alemão. Parecia lentão, tropeçando na bola quando tinha que abrir pra finalizar. Foi um dia péssimo pra ele.
- Ampliando, dia péssimo para os centroavantes. Luiz Adriano entrou e não melhorou em nada o time. Isolado no meio dos três zagueiros do Flamengo, não foi produtivo com a bola. No máximo, distraiu os defensores deles. No máximo isso. Entrou mal. Achei que ele poderia aproveitar as chances que o Alemão estava perdendo. Não teve isso.
- Está claro que, jogando com dois pontas, as jogadas ficam todas pelas laterais. Os protagonistas das jogadas foram Wanderson e Pedro Henrique. E eles tem muito volume, muitas jogadas. O ponto negativo é que o Alan Patrick some um pouco. Fica sozinho pelo centro, pelo meio, e não consegue distribuir assistências como sabe fazer com maestria. Não creio que é um problema jogar com dois pontas, só tem que incluir o Alan mais no contexto.
- O gol do Flamengo deixa um recado que o talento tem que resolver. O Inter teve chances e não fazia. E não fazia por um detalhe ali ou aqui. O Gerson teve uma chance e, no talento, foi driblando e meteu pra rede. Era difícil, o cara foi lá e se resolveu. Tem horas que tem que mostrar a qualidade. O Maurício teve isso. O Alemão, por exemplo, pecou nessa qualidade.
- Ah, uma última. O Jean Dias correu um risco tremendo ao tentar cavar o pênalti. Ele claramente simulou. O Inter poderia ter deixado escapar a vitória por conta disso. Tem que se ligar.