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Entenda porque Renato não tem 100% de razão ao reclamar da Arena

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Lucas Uebel/Grêmio

Renato reclamou ontem que o Grêmio não manda na Arena.

Ele tem razão porque hoje o clube não tem o poder de vetar shows em dias de jogos, reduzir preço de ingressos entre outras coisas.

Mas não pensem que assumir a gestão total do estádio será o paraíso financeiro do Grêmio. Não é bem assim. Vamos a alguns números:

  • Apenas pra manter as despesas fixas do mês, custa R$ 900 mil. Contas básicas da manutenção, água, luz, telefone, reparos no gramado, funcionários. Estas coisas.
  • Cada partida tem custo adicional que varia de R$ 120 mil a R$ 400 mil dependendo da grandeza do jogo. Gastos com seguranças, tarefeiros, bilheterias, enfim.

E aí precisamos lembrar que a renda que a gente vê não é, necessariamente, a que entrou nos cofres.

Por exemplo: os sócios e donos de cadeiras que vão na partida não pagaram o ingresso na hora. Eles pagam mensalmente. Mesmo assim, um número fictício é computado na renda porque é preciso fazer o cálculo das taxas de FGF, CBF e até Conmebol.

Sim, a FGF fica com 5% da renda bruta de cada partida aqui no estado, a CBF mais 5% e em caso de jogos de Libertadores ou Sul-Americana, a Conmebol pega mais 10%.

Exemplo: uma renda de R$ 2 milhões não significa que exatamente essa grana entrou em dinheiro. Uma parte é apenas colocada ali como base de cálculo destas taxas.

Soma-se a isso o fato de custar R$ 400 mil para abrir o estádio e os R$ 2 milhões já são R$ 1 milhão.

É claro que essa é uma ótima grana, mas quantos jogos deste nível tem por ano? Nem sempre se chega na final da Libertadores.

Grêmio x Ceará na Primeira Liga deu R$ 31 mil de prejuízo.

É claro que ter a gestão da Arena é importante e vai ajudar. Mas faço essa análise pra galera entender algumas situações internas no clube.

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