Entre pro time

Grêmio

Você sabe o que realmente aconteceu com o Grêmio na Batalha de La Plata?

Publicado

em

Reprodução

A batalha de La Plata foi mais ou menos assim:

O Grêmio chegou na semifinal da Libertadores e a disputa foi bem diferente do que é agora, foi feito um triangular entre Grêmio, Estudiantes e América de Cali.

O jogo na Argentina foi em uma sexta-feira, mas na quarta-feira, poucas horas antes, o Grêmio venceu o América de Cali por 2 x 1 diante de 25 mil gremistas no Olímpico..

Diante disso, Túlio Macedo, dirigente do Grêmio, foi na Argentina negociar mudar a data do jogo para sábado. Afinal, o seu time estava cansado. O Estudiantes não quis. Teve que ser sexta.

O Tricolor ficou em um hotel em Buenos Aires e os jogadores recebiam telefonemas de “torcedores” ameaçando eles de morte.

Além da bola, eles tinham um grande motivo para estar “odiando” os gaúchos. O país brigava com a Inglaterra pela Ilha das Malvinas e os aviões ingleses fizeram uma parada para abastecimento no Rio Grande do Sul. Ou seja, virou uma guerra entre países mesmo. Tanto que a torcida deles gritava “Argentina, Argentina, Argentina” e não Estudiantes em boa parte do jogo.

O juiz uruguaio que apitou o jogo sabia disso. E, antes da bola rolar, na apresentação dos times, deu cartão amarelo para o atacante Trobbiani.

O mesmo Trobbiani foi expulso ainda no primeiro tempo por bater em China. Após o vermelho, um dos gringos bateu no juiz e também levou o vermelho.

Mesmo com dois a mais, o Estudiantes faz o 1 x 0.

O empate veio no final do primeiro tempo em chute cruzado com a perna esquerda de Osvaldo. 1 x 1.

A saída para o intervalo foi um show de horror. Os jogadores do Grêmio foram espancados no túnel que dá acesso ao vestiário. Deu briga generalizada. Todo mundo se bateu e apanhou. Caio levou a pior. Teve que sair por conta de uma pancada no tornozelo recebida na confusão.

César faz o 2 x 1 e Renato o 3 x 1 em bela jogada pessoal, entrando a dribles na área deles.

Na comemoração, Renato mandou beijos para a torcida e colocou o dedo na boca pedindo silêncio.

 

Foi quando aos 30 minutos o zagueiro deles é expulso após bater em Renato. Leva o segundo amarelo e deixa o Estudiantes com 7 homens em campo.

O Estudiantes se joga para o ataque e consegue marcar dois gols. Parece incrível, mas os caras empatam. Os jogadores do Tricolor não encostavam nos argentinos. Motivo? Ninguém queria ser expulso e ficar impedido de jogar a final.

O jogo para algumas vezes porque pedras estão sendo arremessadas no goleiro Mazaropi.

É claro que o pau cantou ainda mais. A torcida atinge o bandeirinha com um objeto. O médico gremista e Banha, massagista, correm para atendê-lo. O bandeira terminou a partida com a cabeça enfaixada.

Os relatos de todos que estavam lá é que os jogadores deles jogaram dopados, olhos revirados de tão chapados. O Grêmio fez denúncia na Conmebol, mas pasmem, eles disseram que não se tinha provas.

A partida termina empatada em 3 x 3. E o grande detalhe é que o Estudiantes está vivo na parada porque ainda tem um último jogo. O Grêmio terminou sua campanha com 5 pontos conquistados. O Estudiantes somava três até aquele momento. E o América de Cali, já eliminado, apenas dois. Ou seja, os colombianos jogariam seu duelo contra os argentinos apenas pela honra.

E ai o presidente Koff entrou em cena. Ele usou a imprensa para pedir que o América não se entregasse e recebeu um convite para ir assistir a partida em Cali. Koff foi e levou consigo uma mala de 25 mil dólares para garantir todas as despesas.

Os atletas gremistas apenas ouviram a partida no bom e velho radinho. Um sofrimento sem fim.

Mas deu certo. O jogo ficou empatado em 0 x 0 e o Grêmio foi para a final da Libertadores com o Peñarol.

Setorista da dupla Gre-Nal. Torcedor do Tottenham e do Real Madrid. Fã de futebol inglês.

15 comentários

15 Comments

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Destaque