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Inter

Yuri, Vuaden, projeto do Miguel no começo e mental fraco fizeram o Inter perder de novo pro Grêmio

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Ricardo Duarte/Inter
  • O Inter, mais uma vez, foi superior e jogou mais que o Grêmio no primeiro tempo. Teve mais posse de bola, conseguiu controlar as ações, tocava a bola com qualidade e parecia que ia marcar a qualquer momento. Só que ai é preciso pontuar uma coisa: não adianta jogar melhor e não marcar. Ter uma boa atuação é o primeiro passo, mas tem que tocar a bola na rede. Futebol não é uma disputa por melhor apresentação. Então, no final, pouco adianta. O Grêmio poderia ter feito tranquilamente 3 x 0. Ferreira e Ricardinho perderam gols feitos.
  • Temos que falar da arbitragem. Yuri Alberto foi expulso injustamente, mas também errou. Foi injusto porque o Vuaden estragou a partida. Não tinha necessidade de expulsar os dois jogadores. Nem sequer precisava ter expulsado o Rafinha. Dois amarelos faziam o serviço. Só que o Yuri tem que ter um mental mais forte. Segunda expulsão onde ele poderia ter agido com mais inteligência.
  • Fiquei bem dividido com o Miguel Ángel Ramírez. Isso porque ele mudou o jeito de jogar, passou claramente para um 3-5-2, mas achei suas trocas um tanto quanto estranhas. Tirar Edenilson e colocar Guerero abriu completamente o time. Ficou sem meio e o Grêmio só não goleou porque o Lomba salvou no lance do Ferreira e o Ricardinho bateu de canela. Porém, acho interessante que ele pensa novidades, não faz o óbvio que é empilhar atacantes. Desta vez, por exemplo, sacou os dois laterais e meteu pontas. Isso pode dar certo. O problema é que Miguel vai ter que começar a “encaixar” estas mudanças. Por enquanto, não tá dando certo.
  • Tanto que o gol sai de uma falta quase no meio-campo. Vale igual, mas não foi uma bola trabalhada taticamente. Foi uma falta. E esse gol deu muito mais ânimo pro time lutar do que qualquer estratégia. Só por isso o time ainda teve chance de bater o Grêmio.
  • Dito isso, Palacios fez sua estreia como jogador do Inter. Jogou centralizado, com liberdade e foi um meia-atacante. Olha, a amostragem é pequena, mas Palacios deu uma demonstração que não é ponta e sim um meia que chega no ataque. Isso pode ser uma boa notícia, mas é estranho saber que contrataram um ponta que talvez não seja ponta e sim jogue centralizado.
  • Gostei demais do Rodrigo Dourado também. Tá jogando muito como zagueiro e como volante. Sua saída de jogo é muito qualificada, seu físico pra marcar. Tudo certo. Não há reparos na atuação dele.

Palacios fez seu melhor jogo no Inter, mas como meia e não como ponta – Ricardo Duarte/Inter

  • Pra quem achava que o Guerrero não tava nem ai, ele entrou bem. Disposto, brigando, disputando. Estava no lance do gol, inclusive.
  • Não consegui acreditar que alguém achou falha do Lomba no gol do Ferreira. O mérito ali é do batedor que meteu exatamente onde deveria. A bola não parece, mas é muito rápida. O goleiro teria que ter um poder de reação e uma explosão gigantesca pra pegar ela no cantinho e rasteira. Não é tão fácil quanto as pessoas acham. O batedor tava mais perto que um pênalti ali.
  • Nem o Nonato falhou, diga-se. Ele tentou roubar a bola e fazer falta, mas foi driblado. Acontece. O gol é uma falha no sistema de marcação como um todo. Uma bola que tá no ataque e claramente não teve a recomposição correta. Registro que não foi a primeira. A sorte é que, da outra vez, o Diego Souza tocou pro Léo Pereira que perdeu.
  • Por mais que a zaga não tivesse Cuesta, Lucas Ribeiro e Zé Gabriel jogaram bem. Ambos se entenderam.
  • Gostei do jogo do Nonato, tá claramente subindo de desempenho.
  • E não teria jamais tirado o Edenilson. Primeiro porque é raro ele estar mal, segundo porque já tem pouca gente no meio e tu ainda saca alguém ali. Sim, eu sei que os zagueiros e os laterais avançam pra construir jogadas, mas o Edenilson não tinha o porquê sair. Até Dourado faria mais sentido pra mim.
  • Vocês perceberam que o Grêmio ganhou o Gauchão nos acréscimos da partida? Sim, no tempo de acréscimo do segundo tempo. Falo isso porque quando passou os 45 minutos não teve mais futebol. O Grêmio é tão superior mentalmente que começou a fazer debate, discussão, polêmica, vibração no banco do Inter pra ter bolo e parar a partida. Não teve mais futebol. Vuaden poderia dar mais 15 minutos que nada ia acontecer. Os gremistas provocavam e os colorados caiam. Isso é mental, é cabeça forte. O lado azul tem de sobra, o vermelho não entendeu que não ia adiantar falar, só perderia tempo de futebol. A taça foi embora ali.

Guerrero fez uma baita partida e ainda marcou o gol – Ricardo Duarte/Inter

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