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Veja o que o Grêmio pretende fazer com a grana que entrou do Arthur

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Miguel Ruiz/Barcelona

Dos R$ 140 milhões que o Barcelona já pagou pelo Arthur, uma boa fatia será para os parceiros do negócio. Mesmo assim, algo em torno de R$ 100 milhões ficarão nos cofres do clube.

Só que o grande detalhe é que essa grana não fará o clube ter dinheiro para grandes negociações. Em uma matéria do Jeremias Wernek, no site Uol, o vice Duda Kroeff fez questão de descartar o rótulo de “novo rico” justamente por isso.

Quer entender? Vamos lá:

O Grêmio pegou R$ 80 milhões em empréstimos bancários no Banrisul e no BMG durante o ano passado para poder ter fluxo de caixa. Afinal de contas, o gasto com a folha salarial subiu 39% em 2017. Quem ganha campeonatos acaba tendo que aumentar salários, valorizar jogadores, pagar premiações.

Destes R$ 80 milhões em empréstimos, pelo menos R$ 67 milhões precisam ser quitados ainda neste ano.

Essa grana é paga para os bancos através dos contratos com a Globo, com a Umbro e até com o próprio Banrisul. O dinheiro já vai meio que direto pra eles. Mesmo assim, é preciso que novas receitas, como essa do Arthur, entrem nos cofres para que compensem essa que se foi.

Então, uma parte interessante do dinheiro do Arthur será para pagar empréstimos, ok?

Mas também não é só isso. A boa notícia é que há algum tempo um importante dirigente me disse que existia uma grande chance do clube ter dinheiro aplicado pela primeira vez em muito tempo na sua história. Aliás, como nunca na sua história. Sim, eles planejavam pegar algo em torno de R$ 30 milhões e deixar como uma reserva do clube.

Vou dar exemplos:

  • O salário está atrasando, não tem onde tirar? Pega dessa reserva.
  • Precisa pagar uma conta urgente para não passar pelo constrangimento de uma polêmica na imprensa? Pega dessa reserva.

Algo que hoje não existe. Se trabalha sempre no limite, como estamos vendo pelos empréstimos.

Isso fora o pagamento das compras de André, Marinho e jogadores como Matheus Henrique, que está emprestado até o final do ano e custa na casa de R$ 1 milhão junto ao São Caetano.

Fiz um resumo do que deve acontecer:

  • Pagar os R$ 10 milhões da compra do André que estão parcelados até janeiro de 2019.
  • Pagar os R$ 8 milhões da compra do atacante Marinho.
  • Comprar o meia Matheus Henrique em definitivo junto ao São Caetano por R$ 1 milhão.
  • Ajudar a quitar os empréstimos bancários que tiveram que ser feitos para manter o fluxo de caixa nos últimos meses. R$ 67 milhões precisam ser pagos neste ano. Boa parte já se tem com a alienação das verbas de TV e patrocinadores, mas um restante terá que ser complementado.
  • Aplicar dinheiro no banco e ter para futuras emergências. Sonha-se em ter R$ 30 milhões aplicados.
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