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Koff sabia se fazer respeitar!

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Lucas Uebel/Grêmio

Dr. Fábio foi o cara mais respeitado que eu conheci no meio do futebol.

E falo isso de verdade, sem medo de bajulação alguma.

Mesmo baixinho e já quase sem voz, se fazia respeitar.

Lembro de uma vez em que falei ao telefone por quase uma hora com o Marcelo Moreno, na época afastado do Grêmio, e ele criticou todo mundo, mas disse: “O presidente eu respeito. O veio conhece das coisas”.

Em outra oportunidade, quando um ministro estava em Porto Alegre e não colaborava com a liberação da Arena na Copa do Mundo, ele chegou para cumprimentar o político com a seguinte frase:

“O senhor não me conhece, mas nós temos amigos em comum, e eu sei mais de você do que você sabe de mim.”

Falou e se retirou, deixando ele no ar, pensando nisso.

Assim, o Dr. Fábio ia conseguindo melhorar as coisas para o Grêmio. Um juiz que não deixava se intimidar. Que se fazia respeitar pela inteligência.

Recentemente, o presidente Romildo disse que hoje a compra da gestão da Arena não é mais uma urgência, e isso só é possível porque ele renegociou o valor que teria que ser pago para a construtora. Caiu de R$ 42 milhões para R$ 22 milhões o repasse anual para a OAS. Sendo que hoje o Grêmio não tem despesa alguma com o estádio.

Por fim, o último legado de Koff foi Romildo. Um homem que saia de uma grande gestão na cidade de Osório e sequer tinha contato com a gestão de um clube de futebol.

Koff o convocou para ser vice. Usou um almoço com Cacalo para convencê-lo a largar a política e se dedicar ao Tricolor.

Depois, foi ele quem comandou a ida de Romildo para a presidência. Ele quase impôs isso, apesar de muita resistência interna no clube. Ele sabia que estava ali o homem que poderia agregar os políticos do clube.

Fábio Koff sabia ser duro, mesmo com sua voz rouca e fala mansa.

O cara sabia se fazer respeitar!

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