Entre pro time

Grêmio

Kannemann mereceu ser o melhor, Jhonata Robert e Campaz não podem sair, mas Ferreira e Lucas Silva tiveram seus méritos

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Lucas Uebel/Grêmio
  • Bom, nem preciso dizer o quanto essa vitória é fundamental pra vida gremista. Não há como debater isso. E, na real, agora a única coisa que o Grêmio precisa pensar é em pontos. Não tem muito o que debater qual a maneira que eles veem. Se foi jogando bem, mal, pouco importa.
  • Mesmo assim, a única coisa que preciso pontuar é que a vitória não pode enganar ninguém. Não foi uma partida normal. O Bragantino veio com um time de guris pra cá. Insisto que os pontos valem igual e isso é o que importa neste momento de desespero. A única coisa que estou pedindo é que se tenha calma e inteligência pra olhar que não foi algo normal. Não tem nem como dizer que o Mancini achou o time ou que agora vai decolar. Tirando os três pontos, tudo é duvidoso nesta partida.
  • Dito isso, eu não ia, mas vou dar o melhor em campo pro Kannemann. Primeiro porque a jogada do 1 x 0 começa com ele cortando uma bola. Depois, porque aos 45 minutos do segundo tempo, já com 3 x 0, ele salvou uma dentro do gol. Não faria nenhuma diferença na vitória, mas faz diferença pra mostrar qual é o espirito da coisa. Dá pra acreditar que esse cara tá com o quadril ferrado? Talvez, a melhor coisa desde o Gre-Nal tenha sido o “retorno” de Geromel e Kannemann jogando bem.
  • Agora, os grandes responsáveis foram Jhonata Robert, Campaz e Ferreira. Nessa ordem. Jhonata teve uma personalidade incrível. Com um minuto de partida estava batendo com o lado de fora do pé e quase abriu ali mesmo a vitória. Depois, foi recompensado com um golaço do meio da rua. Detalhe que ele entrou na vaga do Elias, que estava sentindo o peso, e finalmente rendeu. Como o futebol muda rápido com os guris. O próprio Jhonata já tinha sentido mais atrás. Dessa vez entrou e foi o melhor. É bem assim mesmo.
  • Campaz provou que foi um erro colocar o Alisson de armador nas últimas partidas. Sim, eu sei, o Campaz jogou muito contra o Galo e depois caiu de produção. É fato. Só que não é o Alisson, de meia, que vai melhorar o time. O colombiano deu um ritmo intenso pro meio que só ele tem conseguido dar. Fora que participou ativamente do lance do pênalti e do gol do Lucas Silva. Na boa, só o Mancini tinha essa dúvida.
  • Chego no Ferreira. Ele foi bem? Foi. Jogou bem mais pro time? Sim. Mas teve um momento que a transmissão pegou o Mancini falando: “capricha, Ferreirinha”. E é bem isso. Ele peca por detalhe. Teve lance que chutou em cima do zagueiro quando poderia trabalhar melhor. Teve outros que estava impedido e não se posicionou direito. Fora a finalização que pecou em vários lances. Todo mundo sabe que ele tem ferramentas de bom jogador, mas tá errando nestes lances.

Lucas Silva fez mais uma boa partida – Lucas Uebel/Grêmio

  • Por fim, ainda entre os melhores, tenho que falar do Lucas Silva. Olha, o que ele cresceu de produção nesse momento difícil não é pouca coisa. Lucas, hoje, é o melhor volante do clube. Bem mais que Thiago, Villasanti ou qualquer outro. Não foi só pelo gol, mas pelo que ele tá jogando. Sua força ajuda demais em puxar a bola da defesa pro ataque. Soma-se a isso os bons passes e chutes como o de hoje, entrando na grande área. Repito, o melhor volante.
  • Eu sei que é polêmico, mas talvez Rafinha e Cortez sejam mesmo a melhor dupla de laterais pro momento. Presta bem atenção, tô falando pro momento vivido, pra um time que tá caindo. Não acredito que nenhum deles vá renovar pra 2022. Agora, pensando exclusivamente num time que primeiro precisa não tomar gol, não pode tremer na base e depois vai pro jogo, é, quem sabe, a dupla certa. Sim, ambos vão errar tipo o pênalti que o Cortez fez contra o América. Mas nesse jogo deram uma estabilidade melhor.
  • Ah, quem não pesou foi o Diego Souza. Pelo gol de pênalti, de quem foi frio pra pegar o rebote, e também na hora que fez pivô pro Jhonata Robert quase marcar com um minuto de partida. A real é que vivemos um dilema com o Diego. É um eterno alivio porque é um dos poucos que faz gol, com a insatisfação de alguns jogos que a falta de forma o faz ter problemas pra se movimentar em campo. Vai ser assim até o dia 09 de dezembro. Não tem jeito.
  • Bom, até o Jean Pyerre entrou e deu um daqueles passes que só ele sabe tirar. Só não foi gol porque o Alisson perdeu. Perdeu e tava impedido. Alisson, aliás, foi o único que entrou e não conseguiu fazer nada legal. Errou muito. Tentou, se empenhou, como sempre, porém, não conseguiu ir bem em nada.
  • Sábado tem a Chape, fora. Na teoria, um jogo igualmente fácil. Ok, o Flamengo empatou com eles. É verdade. Mesmo assim, é jogo pra vencer. E continuar sonhando que o quase impossível vai acontecer. Tem que ser assim mesmo. O único erro que não podem é achar que tá tudo lindo por essas vitórias. Elas são irreais. Tem que saber que tá longe e seguir jogando a vida. Até porque eu já cansei do “agora vai” que a gente ficou o campeonato todo falando no Grêmio.

Campaz fez uma baita partida pelo meio – Lucas Uebel/Grêmio

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