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Grêmio

Foi um jogão no Morumbi, mas esse jogo não pode esconder os sinais que o Grêmio tá dando neste Brasileirão

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Lucas Uebel/Grêmio
  • O Grêmio perdeu. E não tem muito mais o que dizer, o que justificar. Foi um jogão no segundo tempo. Cheio de emoção na reta final, mas a tabela não vai dar bola para isso e nem para nenhuma justificativa. Só mostra mais uma derrota.
  • A tabela vai mostrar um Grêmio na zona do rebaixamento e a quatro pontos do primeiro fora. No fim, é isso. 
  • Vamos combinar que não adianta mais ficar com discurso de dificuldade ou lembrar que tem dois jogos a menos. O Z4 é muito forte. Já estamos rumando para o final do turno, gente.
  • Sobre o jogo, o primeiro tempo é todo dos caras. Todo deles. A melhor chegada gremista (diria que única), foi com o Pavón, aos 43 minutos. De resto, só eles jogaram.
  • Galdino teve uma noite infeliz no Morumbi. Jogando no ataque, acabou errando quase tudo que tentou. A cobrança de falta, que ele joga a bola na arquibancada, foi meio que um símbolo da ineficiência gremista no primeiro tempo.
  • O gol do São Paulo é para esfregar os problemas do Reinaldo na esquerda. Se você pausar o lance na hora que a bola vai para o Lucas vai e quase todo o sistema defensivo está organizadinho. Só um jogador estava fora! Chuta? Ele mesmo, o Reinaldo. Tá difícil defendê-lo.
  • Sim, eu sei que o Marchesín também tem sua parcela no gol. Pra mim, o goleiro poderia ter salvado ali. Voltamos a ver aquele Marche que não chega nas bolas rasteiras no canto. Claro que essas são difíceis, mas é a missão do cara. Por justiça, o Marchesín fez milagre no segundo tempo, em chute do Luciano. Ficam aqui as duas situações.
  • A boa notícia é que Renato viu bem as coisas. Fez duas trocas no intervalo. Tirou Galdino e Pepê, meteu Carballo e, principalmente, Nathan Pescador. Colocou o Nathan no ataque. Deu certo. Foi outro Grêmio depois disso. Um Grêmio que tinha mais jogadores no meio e, consequentemente, acabou competindo mais. 
  • Aqui tem um ponto ótimo de se falar. Na grande maioria das vezes, nós ficamos discutindo futebol como se fosse vontade, raça, correr ou não correr. Só que, na real, existe uma gigantesca chance da questão ser tática e estratégica também. Não são raras às vezes que o torcedor acha que os caras não correram e tu vai ver o GPS, eles fizeram mais de 10km na partida. Só que estar desorganizado, correr errado, chegar atrasado, dá essa falsa sensação. Foi exatamente isso que aconteceu no primeiro tempo.
  • Renato reclama, com razão, que não tem centroavante à disposição. Não há como negar. É um problema mesmo. Só que futebol é engraçado. O Grêmio melhorou quando jogou sem alguém lá na frente. Talvez esse possa ser um ponto de partida para achar soluções e não reclamações.
  • Um outro exemplo foi o Dodi. No segundo tempo, o Dodi passou a chegar bem mais vezes no ataque. Em vários lances, foi bem, tá? Peça útil para ajudar no ataque.
  • Rodrigo Ely foi bem na defesa. Bem mesmo. Fez um muito bom jogo defensivamente. Agora, perdeu um gol nos acréscimos que vou te contar. Era só testar pro gol e perdeu.
  • Mas o São Paulo também poderia ter matado e não matou. O Grêmio deu um contra-ataque que o André Silva não fez porque não quis. Era só ele e o Marchesín e o cara perdeu. 
  • Quando o jogo acabou, logo após o chute perigoso do Reinaldo, vários jogadores do Grêmio se jogaram no chão. Marchesín socava o chão, outros quatro se atiraram incrédulos. Esse lado mental e psicológico tá pesando e forte. Isso é mega preocupante.
  • Gente, o quadro é muito ruim. O Grêmio está dando todos sinais de um time que tá rebaixando. Não tem muito como negar isso. 
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