Entre pro time

Inter

Vitória premia inteligência do Coudet, Valencia como o cara dos gols bonitos e PH que finalmente reapareceu

Publicado

em

Ricardo Duarte/Inter
  • Foi um jogo de dar sono no primeiro tempo, com uma melhora, pelos gols, no segundo tempo. O Inter não fez nenhuma atuação brilhante, mas bem suficiente para vencer. É justo dizer que, depois das pancadas que tiraram a chance da Libertadores, Coudet conseguiu ser humilde para dar dois passos pra trás, jogar um pouco mais estrategicamente, e ir atrás do resultado acima de qualquer coisa. As atuação não são nem de perto aquelas da Libertadores, mas parecem muito bem planejadas devido ao momento.
  • O primeiro gol passa por um passe que o Wanderson tirou da cartola, mas também pelo domínio de precisão do Enner Valencia. Não dá pra desconsiderar em nada a assistência, mas me permitam seguir no Enner porque fiquei refletindo sobre ele durante o jogo. Que o cara é bom, é indiscutível. A carreira e o que fez até agora no Inter, mostram isso, mas me parece que ele perde uns gols “fáceis”, quase que inacreditáveis e faz os que uma galera perderia normalmente. Olha a dificuldade desse gol. Não foi nada fácil. Ele domina ajeitando com o peito e consegue dar um toquinho pra encobrir o goleiro. E isso é incrível. Só que, em outros dois momentos do jogo, o mesmo Valencia deixa duas bolas escapar com facilidade e não chega pro domínio. Tô quase colocando ele como o “artilheiro dos gols bonitos”, como chamavam o Dodô. Problema é perder os fáceis.
  • A humildade do Inter é recompensada com o segundo gol, que torna a vitória indiscutível. Coudet faz três trocas que dão novo oxigênio pro time no segundo tempo. Bruno Henrique e, principalmente, Pedro Henrique. Pedro foi protagonista como há muito não conseguia ser. Até perdeu uma de cabeça, mas a bola veio mais alta do que devia, só que depois conseguia certar a trave e, finalmente, a rede. Deste junho, não fazia um gol. Ele estava devendo. Não dá pra culpar somente o Coudet, que não é fã de pontas e tal. O Pedro não conseguiu fazer o mesmo Brasileiro que fez no ano passado. Tava na hora de aparecer. Finalmente, apareceu. Entrou e melhorou bastante o ataque do Inter. Coudet tinha Lucca e Luiz Adriano pro ataque e, mesmo assim, colocou ele ali na frente. Deu certa a escolha.
  • A vitória deixa o Inter praticamente garantido na Sul-Americana. E penso que ninguém precisa ser extremista aqui. Não precisa achar que emendou duas vitórias tá lindo, maravilhoso, que o ano foi incrível, mas também não precisamos jogar tudo pro alto e chorar num cantinho. Bom, a Sul-Americana é uma competição que dá vaga pra Libertadores, dá taça no armário e tudo mais. Lembra como foi a virada contra o Colo-Colo no Beira-Rio? Pois é, já que restou ela, que vá bem.
  • Me chamou atenção mais uma vez a comemoração dos jogadores ao final da partida. Os caras se abraçam. E se abraçam aliviados. Não é de quem fez um grande feito. Não. É de quem tirou peso das costas. No final de semana foi peso do rebaixamento e, desta vez, da vaga garantida na Sula. Pra mim, ficou nítido que todos estavam sentindo. Aliás, a própria mudança de postura do Coudet apontou isso.
  • Agora, é só esperar 2023 acabar. Faltam dois jogos que pra pouco ou quase nada servirão.
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Destaque