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Tabata jogou ao natural, Thiago Maia foi fundamental e Gabriel Carvalho segue evoluindo no Inter

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  • Parecia que nunca mais iriamos dizer isso, mas o Inter venceu. 12 jogos depois, o Inter consegue vencer. 53 dias sem uma única vitória. 
  • A melhor das informações é que chegou a 25 pontos e distanciou quatro da zona do rebaixamento, com quatro jogos ainda por recuperar. 
  • E, por favor, não pense que estou aqui vendo o lado negativo ao falar em distância do z4. É que eu tenho convicção que qualquer pessoa mais lúcida precisa primeiro pensar nisso para depois sonhar em ver o que poderá acontecer em caso de uma super recuperação futura. Aliás, o próprio presidente Barcellos, na última coletiva, não aliviou e disse que não adiantava se agarrar nos jogos atrasados porque não estavam jogando bem aí não adiantaria nada.
  • Bom, dentro desse cenário, o jogo começa com susto danado. Enner Valencia está piorando cada vez mais a sua situação. Mais um pênalti perdido. Ele bateu praticamente mesmo jeito que bate sempre, que já tinha errado na Copa América e contra o próprio Ju, na Copa do Brasil. Chute rasteiro e cruzado. A sua vida tá ficando dramática no Beira-Rio. Saiu muito vaiado pela torcida. Ficou óbvio que o Roger o sacou no intervalo para colocar o Alario pra preservá-lo. 
  • O Inter conseguiu tomar um gol nas costas do Bernabei, sendo que o lateral mesmo não estava ali. Mercado e Gustavo Prado é quem tentaram abafar. Mas fica maluco porque o cruzamento vai para grande área, onde tinha somente dois carinhas do Ju, um deles era o Nenê, que estava lesionado, e fez o gol mancando. Olha, é difícil de defender o Inter assim.
  • Os 11 mil colorados (aliás, só o fato de ter apenas 11 mil já é um indicativo de desmobilização) vaiaram o time na saída do intervalo. E não tenho como dizer nada além de entender o sentimento de quem estava lá.
  • No segundo tempo, Thiago Maia mudou todo o cenário desfavorável. Sozinho, faz o gol de empate em uma jogada com todo mérito dele. Ele desarmou, no carrinho, na marca do penal do Ju. Ai, foi só girar e finalizar com a sua canhota. Essa vitória só aconteceu por mérito dele. O cara mudou tudo naquele lance. Inverteu até o ambiente no Beira-Rio.
  • E quero falar do Tabata aqui. Parecia que ele há vários anos jogando aqui. Entrou em campo com naturalidade. Fez o gol, no rebote de um pênalti que ele mesmo perdeu, mas não foi só isso. Só o fato da bola ter voltado para ele já mostra que as coisas estavam diferentes do que para o Valencia, por exemplo. E, olha, pelo que jogou, mereceu a titularidade, mesmo tendo chegado há pouco. Deu um cartão de visitas que tem tudo para ficar de titular na ponta direita a partir de agora. Seja nas combinações, tabelas e cruzamentos que fez, na chegada na grande área para tentar marcar e até em uma finalização, de fora da área, no finalzinho do primeiro tempo, que me agradou. E aqui quero destacar isso. O Inter precisa de gente que chute de fora da área. Quando o Palmeiras o contratou, descreviam ele como esse jogador, com essa virtude. Tem que fazer mais isso.
  • Gabriel Carvalho segue sendo a qualidade técnica do meio. A melhor notícia é o Roger ir deixando ele jogar. Tem que fazer isso. Tá na cara que ele vai se firmar. A maneira que ele limpa o adversário para driblar é muito diferenciada. Tem que seguir.
  • Gustavo Prado entrou na vaga do Wesley, que saiu lesionado. Foi bem no primeiro tempo, caiu na segunda etapa. Até por isso, o Roger colocou o Ricardo Mathias no seu lugar. E foi o segundo jogo seguido do Ricardo Mathias. Tá passando na frente dos Luccas e isso me parece interessante.
  • Achei o Rogel meio sem tempo de bola. Aliás, eu ainda acho o Mercado o melhor zagueiro do Inter. Mesmo com Vitão, ainda prefiro Mercado.
  • Sendo realista, não é a tendência que tu vai chegar em algum lugar com um volante improvisado de lateral-direito. Precisam achar alguém para não ficar usando o Bruno Gomes ali.
  • Tanto Wesley como Thiago Maia saíram sentido lesões. Isso preocupa.
  • O próximo jogo é contra o Atlético-GO, domingo, em Goiânia. Eles são lanternas do Brasileirão. Mesmo fora de casa, quem quer sonhar em olhar pra cima, tem que vencer. 

Ricardo Duarte/Inter

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