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Inter fez sua melhor partida e mostrou muita coisa boa na goleada contra o Táchira

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Ricardo Duarte/Inter
  • O cara que mais gostei na partida foi o Thiago Galhardo. Confesso que estava na dúvida se dava o melhor em campo pra ele ou pro Patrick, mas vou ficar com o Galhardo. Motivo? Eu não esperava tanto dele. Vou ser bem sincero, as atuações do ano passado me fizeram perder a confiança no seu futebol. Pode ser um erro meu, mas fiquei com aquela impressão que poderia ser só numa fase. Não é. Pelo menos não está sendo.
  • Agora, o segundo melhor foi o Patrick. Ufa, finalmente uma grande partida dele. Mesmo pela ponta, conseguiu um meio termo entre o ponta aberto para dar amplitude e ficar perto do gol como o Ramírez quer, com o jogador que nós conhecemos, que cai pelo centro, que dribla e vai levando todo mundo. Foi sua melhor partida na temporada. Não só pela bola ter entrado, mas pelas jogadas típicas, em velocidade, com espaço, driblando. É o único que faz isso.
  • O terceiro melhor, no pódio que eu curto fazer, foi o Maurício. Olha, o cara recuperou a posição que parecia que o Praxedes seria dono. É uma característica um pouco diferente, mas o Maurício consegue aliar o meia ofensivo que é com um articulador de jogadas. Ele pifou lindamente o Yuri Alberto com um toque na bola. Só que seu principal momento no jogo foi no chute que gerou o escanteio do primeiro gol. Sim, tava tudo fechado, ele chutou de longe e conseguiu um escanteio. Isso é ser estratégico. É assim que se vence uma retranca.
  • Por falar nisso, Yuri entrou bem demais. Fez o seu em uma baita arrancada e ainda quase marcou o segundo. Isso que nem foi titular. Olha, tô pra dizer que não lembro de um cara com tanto poder de finalização como ele. Nem o Guerrero tem se mostrado tão frio na frente do goleiro como o Yuri. É incrível como consegue.
  • De resto, Lomba defendeu quando preciso, Rodinei foi bem e mais uma vez deu assistência, Cuesta jogou um partidaço, Dourado se postou bem entre os zagueiros e fez a saída de bola e o Edenilson foi muito bem na meia. Todos estes foram destaques.

Patrick driblou como há muito tempo não fazia – Ricardo Duarte/Inter

  • É claro que nem tudo foi perfeito, é preciso avaliar que o adversário é o Táchira, da Venezuela. E, mesmo assim, Zé Gabriel quase entregou dando uma rosca na bola. O Cuesta atravessou uma bola no pé do adversário. A saída de bola não é essa maravilha ainda. Tem que ter muita calma nisso ai. Falta muito treino.
  • Marcos Guilherme entrou no segundo tempo e foi fazer o difícil ao invés de ir no básico pra ganhar confiança. Ok, o Inter já estava goleando, mas ele quis fazer um golaço, encobrindo o goleiro. Poxa, não te complica, vai reconquistando moral aos poucos. Além de não fazer o gol, ainda perde mais crédito com a torcida.
  • Palacios foi muito discreto quando esteve em campo e ainda foi expulso. Ele está longe da adaptação ideal. Mais, claro que não precisa colocar na geladeira, mas penso que o ideal seria deixá-lo no banco e ir colocando no time aos pouquinhos. Não precisa jogar na titularidade assim. Até o Caio Vidal, por exemplo, tá mais adaptado.
  • Não tem como aceitar dois jogadores levarem amarelo por comemorem gols. A gente pode até não curtir a regra, mas ela existe e não dá pra arriscar. Patrick levou amarelo por usar uma máscara e o Galhardo por tirar a camisa. Tá na regra. Não pode fazer. Erraram.
  • Mesmo com a expulsão e as lesões do Rodinei e Zé Gabriel, dava pro Ramírez ter colocado o Taison em campo, né? Poxa, 10 minutinhos ajudaria a melhorar o clima. Conquistar a torcida faz parte do combo de ser treinador do Inter.

Cuesta marcou o primeiro gol e fez o lançamento direto em uma falta pro Galhardo também marcar – Ricardo Duarte/Inter

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