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Coudet deu emoção, Valencia abusou de perder gols, Alan Patrick o melhor e Rochet salvando sempre

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Ricardo Duarte/Inter
  • Uma vitória simbólica. Daquelas que espantam qualquer medo que o torcedor poderia ter. Primeiro porque dá alguma estabilidade pra um time que vive de altos e baixos nos jogos recentes. Depois, porque praticamente tira o fantasma de Z4 e ainda mantém a esperança de Libertadores. A rodada não foi boa e, perder, seria trágico. A primeira vitória fora do Coudet neste Brasileiro deixa o time dele vivo. Não mais que isso, mas ainda vivo.
  • Coudet tem a comemorar poder repetir o time. Sempre é um fato a ser comemorado. Depois, ele tem méritos de fazer esse time titular jogar e jogar bem. Com Alan Patrick ainda gastando a bola na meia, Rochet salvando tudo lá atrás e Enner Valencia insistindo em perder muitos gols. Ou seja, foi o Inter na sua melhor versão até aqui.
  • A vitória acontece pelo Alan Patrick. O passe que ele dá pro Maurício é proibido para menores de 18 anos. Coisa de maluco. Antes, ele quase fez uma pifada pro Enner Valencia, mas por incrível que pareça, quem olha o lance vê que foi o Valencia que “se escondeu” atrás dos zagueiros e acabou matando a jogada. De resto, o Alan Patrick fez outra grande partida.
  • E a real é que o primeiro tempo esteve praticamente todo controlado pelo Inter. O Vasco chegou no comecinho e o Rochet fez milagre, mas o Inter é quem tinha a bola e, mesmo jogando no contra-ataque, quando víamos, estava lá o time todo trocando passes e colocando o Vasco na roda. 
  • Em linhas gerais, a partida inteira estava controlada. Óbvio que aconteceram escapadas, mas o Rochet sempre apareceu pra salvar. E, nem preciso dizer, que goleiro é o Rochet. É o cara que aparece quando tu mais precisa, quando tá vencendo por um gol só e tem que se segurar.
  • Só que, nessa, o Inter começou a empilhar chances pro Valencia. Que até fez o dele, mas poxa vida, o camarada é camisa 9 e perdeu mais uns dois ou três feitos. Não quero ser o chato que vê o lado negativo, mas o Valencia erra gols demais. Hoje, foram três chances claras e só converteu uma. Pra ver como é o futebol. Desta vez, não fez falta, mas contra o Flu, seria entrar pra história se fizesse todas as chances que teve.
  • Pra ter emoção, a bola alta vaza novamente. Bola no meio do Mercado e do Vitão. De novo isso. Sempre o mesmo jeito. Bola alta e eles se atrapalham. É um problema que se repete.
  • Por falar nisso, a partida foi sim muito madura. Foi muito boa. Inegável. Bustos voltando a jogar bem, Jhonny jogando igual mesmo vendido e tal. Porém, não consigo deixar de registrar que Coudet pediu pra levar. Na metade do segundo tempo, tirou Aránguiz e Alan Patrick do time. Poxa, não aprendeu com a lição do primeiro jogo do Flu no Rio? Tirar eles é aceitar que vai perder o meio-campo. Foi exatamente isso que aconteceu. O Vasco, mesmo com dois a menos, conseguia atacar. Coudet errou. Nessa, ele errou. Não adianta, não existe ninguém igual a Aranguiz e Alan Patrick no elenco.
  • De Pena voltou a entrar abaixo. Dos que entraram, apenas o Pedro Henrique conseguiu entrar bem. De resto, todas as mudanças baixaram a qualidade de jogo do time.
  • A rodada não foi boa. O Inter ainda está a 9 pontos da zona de pré-Libertadores. A grande vantagem é que agora tem dois jogos em casa. E, se vencer ambos, a tendência é que essa distância diminua. Essa é a sacada agora. Tem que brigar por isso.

Ricardo Duarte/Inter

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