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Com cara de assustado, Aguirre entendeu que terá muito trabalho após Inter x Ceará

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Ricardo Duarte/Inter
  • A partida foi um choque de realidade para Diego Aguirre, que veio de carro para Porto Alegre e chegou direto para o jogo, mas seguramente se assustou com o que viu. Foi a partida mais desorganizada deste time do Inter. É difícil até avaliar o que deu certo ou errado porque quase tudo errado. O uruguaio terá muito, mas muito trabalho pela frente. Não tem nem como entender o empate. Dava pro Ceará ter feito uns 3 x 1. Saiu muito barato. Foi bom pro Diego ir sabendo que terá muito trabalho pela frente. Só que o semblante dele e seus auxiliares na cabine do Beira-Rio entregou o ar de preocupação.
  • A escalação começa dura de entender. Lindoso na do Johnny não tem como aceitar. O que esse menino fez? Dá a resposta sempre que chamado e insistem em colocar outros no seu lugar. Mais na frente, o Lucas Ramos foi a aposta do Loss para a vaga do Taison. Essa, até entendi. Ambos são meias e de velocidade. Não deu certo, mas tem sua lógica. Agora, Lindoso em detrimento do Johnny é duro entender.
  • A real é que o gol do Inter só saiu por conta do pênalti pouco inteligente que o goleiro dos caras fez. Não tinha nem sentido fazer aquele pênalti. O Edenilson não tem nada com isso e guardou. Mas foi o nono jogo que o Inter não sabe o que é fazer gol com bola rolando. É só bola parada.
  • Só que ai foi só o Ceará que jogou. A bola alta foi um terror sempre. O Messias ganhava todas. E cada bola parada era um terror. Eles poderiam ter feito uns dois ou três nestas situações.
  • Aliás, até marcaram, mas o VAR foi correto. Registro que todas as intervenções do VAR foram precisas. Seja no pênalti no Yuri, na falta do Messias no Cuesta pra anular o gol, até o pênalti anulado o Edenilson. Foi um lance igual ao do Ramiro aqui no ano passado e que a direção reclamou. Pelo menos a arbitragem manteve a coerência.
  • Os jogadores do Inter saíram de campo dizendo que o problema está nas finalizações. E, no caso do Galhardo, até é verdade, mas finalizar bem é só um dos muitos problemas. Se a gente for ver, a única chance de gol que o Inter teve foi um novo erro do adversário, uma entregada bem parecida com a que o Réver fez contra o Galo. Porém, pra mim, isso é só mais uma comprovação que o time não cria chances. Finalizar é só um dos problemas. A bola não chega com qualidade no ataque. Sabe por que? Porque o time tá desorganizado.

Lucas Ramos entrou na do Taison para tentar ser o meia de velocidade pelo centro – Ricardo Duarte/Inter

  • Pontualmente, achei que dava pro Daniel fazer um pequeno milagre na falta que tomou. Mas veja bem a palavra que usei, seria sim um milagre. É o tipo de defesa que o goleiro até faz, mas não dá pra cobrar quando toma. Ele também defendeu uma bola no segundo tempo, com as pernas, que salvou o time. Defendeu por estar bem posicionado. Não passou por ele o problema.
  • Lindoso não se justifica como titular. Não consigo ver nenhuma razão para ele ser melhor que o Johnny.
  • Edenilson e Patrick fizeram uma das suas piores partidas com a camisa do Inter. Foi duro de ver. Praticamente tudo que tentaram fazer, não deu certo. Só que a bem da verdade o time todo ficou assim.
  • Um dos motivos pra não jogar o que poderia foi, também, o Lucas Ramos. Ele entrou pra fazer a do Taison, mas tá muito distante de atuar no nível dele. E a culpa nem é dele e sim do momento de carreira que um e outro se encontram. Não tem como achar que o cara que subiu há pouco vai entrar e ajustar um time.
  • Galhardo não merece a titularidade. Centroavante não pode perder gols como ele tá perdendo. Mas o Yuri também não tá fazendo muito melhor. E ai vem a cobrança, mas também a ponderação que a bola não chega bem no ataque. A bola mal chegada na frente, que dirá com qualidade. Isso é preciso pontuar.
  • Enfim, tá claro que Aguirre terá muito trabalho. Precisa começar redesenhando o esquema tático, escolhendo uma base de time, distribuindo funções, organizando que vai defender, quem vai atacar e qual a proposta de jogo. Isso pra quinta-feira, em três treinos, contra a Chape. Só depois teremos como ver jogadas ensaiadas ou algo do tipo. Então, tá muito distante de ter certeza do que vai acontecer com esse Inter.

Daniel tomou o gol que até poderia ter buscado, mas salvou em uma no segundo tempo – Ricardo Duarte/Inter

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