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Grêmio

Mais que uma vitória, Grêmio ganhou a expectativa de conseguir uma noite épica contra o Flamengo

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Lucas Uebel/Grêmio
  • Vitória do tamanho da Arena. Tanto por ser contra um muito bom time do Fluminense, quanto para tentar remontar a vida gremista, que anda meio instável. Pra quem precisa fazer um milagre no maracanã, pode ser um começo. Nem preciso de dizer que nem eu e nem você sabemos se essa epopeia irá acontecer, o que eu tô tentando aqui é mostrar que é um jogo que dá a esperança, a expectativa, que isso de alguma maneira pode ser possível.
  • Renato começa jogando com Rodrigo Ely na zaga e João Pedro Galvão no ataque. Foram as duas novidades. O jeito de jogar também mudou um pouco. Renato foi com dois zagueiros, dois volantes, dois ponteiros e dois atacantes lado a lado. Dá pra colocar mais uma nova forma de jogar utilizada pelo Renato. O homem muda e segue conseguindo resultados.
  • Sobre as novidades, o Rodrigo Ely foi bem seguro lá atrás. Bem melhor que o Bruno Alves, que mais uma vez dá bobeira, tela azul, e deixa o cara que fez o gol entrar sozinho pra finalizar. Piora ainda mais quando esse cara é o Cano. O Bruno tá tá tendo muitas destas.
  • João Pedro Galvão não foi protagonista no ataque e sim na parte tática. O Grêmio estava mal nos primeiros minutos, tomando bola nas costas dos laterais o tempo todo. Coincidência ou não, ele deu uma de atacante europeu, voltou para ajudar na marcação, atrapalhou a saída de bola e as coisas melhoraram. Claro que não foi somente isso, mas ter alguém com essa mentalidade ajuda pra caramba. Insisto, não foi protagonista no ataque, mas ajudou na defesa. Faz parte.
  • O primeiro gol gremista saiu em jogada do Villasanti, Suárez e Bitello. É o trio que sustenta esse time faz tempo.
  • Não somente pelo gol, mas por voltar a ser o motorzinho do time, Bitello meio que ressurge com seu bom futebol. Até que enfim. Tava mais que na hora.
  • O gol da virada veio do Ferreira, em jogada individual. Todo mundo sabe que o Ferreira tem bola no corpo. Ele só precisa se ajudar ao ser mais participativo (e por justiça está sendo nesta volta) e principalmente se lesionar menos, estar mais à disposição. Neste jogo, foi decisivo. Merece o crédito.
  • Suárez é sempre um caso a parte. Ele não fez uma má partida, é muito raro isso acontecer, mas também é verdade que não fez gol. Só que o contexto do jogo me obriga a dizer que ele não recebeu nenhuma bola em condições para bater. Nenhuma. A transmissão chegou a flagrar ele dizendo em espanhol: uma só, uma só! Como quem pedisse uma única bola pra finalizar. Não teve. Estranho isso. Ele tentou pifar todo mundo, mas ninguém pifou ele. Acontece.
  • Luan entrou no fim do segundo tempo. Foi um prêmio pra ele e para os 40 mil que estavam na Arena. De qualquer modo, não deu pra avaliar muita coisa. Ele pouco tocou na bola. Foram cinco passes apenas. Sua entrada foi muito mais uma sensibilidade do Renato para motivá-lo e da torcida que queria vê-lo. O Luan nem tinha condições de jogar muito mais.
  • Ah, outro que voltou foi o Pepê, não necessariamente por esse jogo, mas pelo do Flamengo, pode ser uma expectativa de ter um cara como ele para um segundo tempo complicado. Ganhou 30 minutos por conta disso.
  • Tem um cara que ficou fora desta vez, mas tô com um sentimento sobre ele. É o Geromel. O Geromel chegou a concentrar, mas deixou o hotel pela manhã e foi treinar no CT. Olha, tô com sentimento que vão arriscar tudo e colocar o Geromel no Maracanã. Não tenho nenhuma informação. É só sentimento depois dessa saída para treinar. Vamos combinar que, mesmo sem nenhum ritmo, ele é bem mais que os apagões do Bruno Alves.
  • A vitória deixa ensinamentos. De um time que parecia que ia perder até metade do primeiro tempo, mas que soube se reorganizar em campo, virar o jogo e ser resiliente para vencer. Tem que jogar mais para bater o Flamengo? Provavelmente tem, agora, o que vimos aqui é um começo.
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