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Grêmio

Diego Costa melhor, Cristaldo decisivo, time nervoso, trocas complicam e o castigo foi duro para a torcida

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Lucas Uebel/Grêmio
  • O Grêmio deu mole. Como gosta de dizer o Renato, o Grêmio deu mole. Foi bem isso que aconteceu. Um jogo que tinha tudo pra ser vencido, acabou empatado e, como consequência, tirou o Grêmio da primeira colocação do grupo. 
  • Agora, o Grêmio vai pegar o Fluminense nas oitavas e decidir a segunda partida fora de casa. Se passar, pega Galo ou San Lorenzo. E, em uma hipotética semifinal, pegaria o River Plate. 
  • Desde o começo, foi possível ver o nervosismo dos jogadores gremistas. O Estudiantes jogava com muito mais personalidade. Parecia que os argentinos é que estavam classificados. Aliás, até agora não entendi o motivo do Estudiantes jogar com tanta vontade, sendo que estavam eliminados. Colocaram até jogador vendido na partida. Meio maluca a situação.
  • Mas o Grêmio não jogou bem. Renato fez o básico, tirou Galdino e pôs Pavón no seu lugar. Nenhuma objeção. Afinal, é o time mais lógico a se colocar em campo.
  • Só que futebol não é nada previsível. O trio de ataque, Pavón, Soteldo e Diego Costa não jogou tão bem assim. Os dois pontas foram discretos ou ineficientes. Pavón foi discreto, Soteldo foi ineficiente. E, sim, a critica é um tanto quanto dura com o Soteldo, mas a real é que nenhuma das jogadas dele acabou sendo produtiva.
  • Do ataque, o único cara que se salvou foi, mais uma vez, o Diego Costa. Foi dele a única jogada do primeiro tempo e a assistência para o gol, no segundo tempo. Na primeira etapa, a chance gremista aconteceu em um calcanhar dele para o Dodi. E foi uma lástima aquela bola. Se caísse para um atacante, era gol na certa. Uma pena. Depois, Diego ainda deu a assistência no gol do Cristaldo. Pra mim, ele foi o melhor em campo de novo. Nem sei o que dizer sobre a lesão dele. Sim, Diego saiu com a coxa lesionada. Tão ruim quando perder a primeira colocação é essa lesão.
  • Cristaldo foi decisivo novamente. Sei que tô repetitivo, mas o cara é um segundo atacante. Tá nítido isso. O primeiro tempo foi discretíssimo dele, porém, bastou receber uma bola na entrada da grande área que saiu gol. É um camisa 10 que, na real, é camisa 11. Segundo atacante que joga por dentro.
  • Gostei demais do Dodi. Penso que foi fundamental para a proteção da zaga de novo. Por mim, não tem mais como sair do time. Pepê e Villa terão que disputar posição.
  • Marquesín fez boas intervenções e repetiu a segurança de quem cresce em jogos de Libertadores. Não passou por ele o empate.
  • O empate passou primeiro pelo nível de atuação e depois por um erro grosso de marcação. Falo isso porque não foi um lance pontual. O Grêmio teve um nível de jogo bem fraco. Pareciam nervosos e o Estudiantes muito mais seguro pra jogar. O primeiro tempo gremista foi de uma lentidão danada gremista. 
  • Depois, no segundo tempo, o jogo melhorou. Longe do ideal, mas melhorou. Agora, um erro individual no escanteio puniu todo mundo. Pra mim, o principal culpado foi o João Pedro, lateral. Ele estava na marcação e deixou o cara escapar. Rodrigo Ely parece ser culpado porque subiu pra tentar antecipar, mas não foi ele. Foi o JP que falhou na missão.
  • Taticamente, penso que o Renato poderia ter ido melhor, né? Quando ele tira o Soteldo e joga o Carballo como meia mais adiantado, alá Cristaldo, toma o gol logo depois. Ai, se vê obrigado a sacar o Pepê (recoloca o Carballo de volante) pra pôr o Galdino. Ficou confuso. Sei que é fácil falar depois, porém, claramente não deu certo. E fica o registro.
  • Outra, ficou nítido que não tem meia. Carballo entra adiantado pra ver se rolava alguma coisa. Quando deu o empate, a única saída era meter atacante e tentar ir no “de qualquer jeito”. Nessa, não consigo culpar o Renato. Ele ia colocar quem? O Nathan Pescador? Du Queiroz? Nenhum funcionou. Está aqui uma carência gritante para reforçar na janela e inscrever nas oitavas.
  • Enfim, o Grêmio classificou. E isso que importa. Uma pena que a noite foi longe de ser a ideal para as mais de 32 mil pessoas que estavam no Couto Pereira mereciam bem mais. Bem mais. 

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