Grêmio
Com maior folha da história da Série B, Grêmio pausa reforços e começa a fazer saídas do elenco

Todo mundo já deve saber que a folha do Grêmio chegou perto de incríveis R$ 11 milhões com a chegada dos últimos três reforços. É, sem nenhuma dúvida, a maior folha da história de um time jogando a Série B.
Só que todo mundo também deve saber que a meta, fixada no começo do ano, era que essa folha ficasse, no máximo, em R$ 7 milhões, quem sabe R$ 8 milhões, em um esforço tremendo para pagar.
Agora, a informação que temos é que o presidente Romildo está fazendo uma intervenção no vestiário e obrigando o departamento de futebol a reduzir custos ou as finanças vão sair do controle nestes últimos meses da sua gestão.
Com a saída do Benítez, deu pra aliviar R$ 320 mil mensais. Thiago Santos e Lucas Silva, os próximos na fila para sair, vão desonerar mais R$ 750 mil. Ou seja, em três jogadores, já tem pelo menos R$ 1 milhão a menos. Só que, claro, tem que conseguir liberá-los.
E, mesmo assim, a folha ainda vai ficar na casa de R$ 10 milhões. O ideal seria conseguir fazer mais saídas e alguns nomes aparecem como favoritos. O clube cogita negociar um dos goleiros, por exemplo. Depois, tem nomes como Villasanti e Campaz, que tem bom conceito no futebol sul-americano.
Ferreira é outro que, chegando proposta, será sim negociado. E por bem menos que a multa (na casa dos 12 milhões de euros). Até porque, além de uma grana que pode entrar, ainda tem o salário, de R$ 500 mil, que abaixaria consideravelmente a folha.
É por conta dessa quantia elevada que Romildo mandou pausar a vinda de reforços e tá trabalhando por saídas ao invés de chegadas.
Hoje, o Grêmio tem condições de se manter até o mês de que vem. Se não conseguir fazer pelo menos uns R$ 20 milhões em vendas na janela e ainda reduzir em alguns milhões a folha, a direção vai ter que ir nos bancos pegar dinheiro emprestado. Algo que estava muito raro até então.

Lucas Uebel/Grêmio