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Os motivos que fizeram o Inter deixar escapar o título do Brasileirão na última rodada

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  • Tô aqui pra dizer que o impossível quase aconteceu. Sim, o que domingo, às 18h, parecia impossível esteve bem perto de acontecer. Mais, só não foi realidade por conta do Inter. Verdade, a arbitragem prejudicou, não tem como negar, mas a perda é, também, por conta do Inter. Não vamos esconder. Aliás, não desmerecer e nem esconder.
  • Explico: não desmerecer porque foi um baita Brasileirão. Uma derrota que tem muitos méritos e boas notícias. E não esconder porque tinha que ter vencido o Corinthians. Em casa, nada justifica não ganhar.
  • Pois bem, alguns fatos dessa partida falam por si só. Foram 16 finalizações, sendo que só cinco em direção ao gol. Duas chances claras de gol e 33 cruzamentos, com 21% de aproveitamento. Isso quer dizer que só sete bolas foram lançadas pra área e encontraram um jogador colorado lá dentro. Prova que a estratégia acabou não sendo bem executada.
  • O primeiro tempo foi desperdiçado futebolisticamente. O Inter pouca chance criou. Na primeira vez que rouba uma bola no ataque, Moises e Patrick conseguem um pênalti claro e que não foi marcado. Quer dizer, até foi, mas o VAR chamou e o árbitro muda de ideia. E foi pênalti. A regra diz que o braço de apoio tem que estar perto do corpo e não esticado como estava o do Ramiro. Inter claramente prejudicado.

O último tópico aponta uma situação importante, afinal, Ramiro estava com o braço num movimento nada natural e bem afastado do corpo – Reprodução

  • A não marcação parece ter impactado no grupo de jogadores. Creio que a indignação motivou e eles começaram a jogar. Abel inverteu colocando Patrick na direita e Caio na esquerda e as coisas começaram a acontecer. No finalzinho, Yuri faz o primeiro gol anulado. No entanto, não há contestação. Estava na frente, tudo certo.
  • Só que o segundo tempo começa sem muito brilho de novo. A real é que apenas no final da partida o Inter foi pra cima mesmo. De resto, era um Corinthians que jogou a vida, parecia muito disposto mesmo sem ter nada a disputar na tabela, e o Inter cheio de problemas para ir pro ataque.
  • Quando foi, teve um gol anulado que é bem discutível. Afinal, Cássio saiu em uma bola, dividiu com Abel e o juiz deu falta (ou perigo de gol) porque ele teria cabeceado a mão do goleiro. Olha, confesso que fiquei bem na dúvida. Vejo e acho que foi legal, depois fico com a impressão que pode ter sido falta sim.

Abel divide com Cássio, mas confesso que fiquei na dúvida sobre esse gol – Reprodução

  • Por falar no Cássio, ele defendeu uma cabeçada a queima roupa do Edenilson. Verdade que foi no meio do gol, mas ele estava bem posicionado. Neste lance, diga-se, foi um cruzamento do Heitor. Ele fez boa partida sim. Seu cruzamento segue bom. Merecia ter jogado mais.
  • Pra fechar, já adianto que foi bem anulado, mas o gol do Edenilson, aos 53 minutos do segundo tempo, seria a coisa mais correta a acontecer. Era o desfecho que o Brasileirão merecia. Um Inter que nunca jogou o melhor futebol, mas que foi eficiente em 90% das partidas com Abel. E, principalmente, porque o Flamengo não teve grande desempenho também. Ganharam, ok, mas pelo time que tem, ficaram bem abaixo do que dava pra fazer.
  • Ah, Caio Vidal ainda acertou o pé da trave em um chute de fora e o Lucas Ribeiro perdeu um de cabeça e o outro no último lance de partida, batendo de virada, por cima. A bola não entrou de nenhum jeito.
  • A partida teve boas atuações de Lucas Ribeiro, Cuesta, Moisés e Patrick. Heitor, Caio e Edenilson também não foram mal. Praxedes é quem tinha que ter jogado mais. Yuri ficou prejudicado pelas muitas bolas cruzadas e poucas bolas redondas pra ele finalizar.
  • Como prêmio, o Inter ficou com a sensação de que existe um time e até grupo de jogadores. Ninguém perde Moledo, Saravia, Boschilia e Guerrero e segue brigando até a última rodada se não tem bons valores. E estes caras vão voltar em 2021. Tem como fazer coisas bem interessantes na próxima temporada.

Abel é o grande personagem do Inter e ele foi o responsável pela melhor campanha do Inter no Brasileirão – Ricardo Duarte/Inter

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