Grêmio
Grêmio tem só uma coisa a comemorar e muitas outras situações para se preocupar
- A vitória coloca o Grêmio na oitava colocação, com cinco pontos de distância do G4, mas sabendo que tem um jogo a menos. Então, isso quer dizer que, sim, por mais maluco que seja, o Grêmio termina o primeiro turno vivo na briga pelo G4. É a terceira vitória seguida se contar a Copa do Brasil e, mesmo vendo a tabela do Brasileiro, tem três vitórias e um empate nos últimos quatro jogos. Se olhar apenas a tabela, as coisas estão começando a acontecer.
- O grande problema é que os pontos positivos param no resultado. Não há mais nada a comemorar. A vitória só aconteceu porque o Bragantino é um time de zona do rebaixamento, um time que vai brigar pra não cair.
- Renato começa a partida com Robinho de armador. Claramente não deu certo. E, sinceramente? Nem consigo culpar só o Robinho. Qualquer um sabe que ele é volante de origem e jogada pela direita, assim como o Ramiro jogava, no time do Cruzeiro. Nem ele se escalaria ali se pudesse. Não dá pra entender porque Renato insiste.
- Aliás, uma situação interessante é que o Jean Pyerre sequer entrou. Não vou nem dizer que ele deveria ter entrado porque a verdade é que, contra o Ju, o JP entrou e pouco fez. Então, paciência. Mas é estranho. Jean é um mistério da Arena.
- O Grêmio melhora um pouco quando o Isaque entra no meio na vaga do Robinho. Pelo menos jogou com 11 caras da função.
- Porém, o gol acontece em um escanteio onde o Ferreira escorrega pra chutar e o goleiro ia levar um gol por cobertura e toca pra linha de fundo. Na cobrança, a zaga do Bragantino mostrou porque eles estão na zona do rebaixamento. Foram todos pro primeiro poste e deixaram o David Braz livre pra marcar.
- O segundo acontece por mérito do Isaque. Ele entra na área. A bola sobra pro Orejuela que completa.
- Enfim, não quero desmerecer os gols. Mas não são jogadas que empolguem a ponto da gente achar que o time vai engrenar. Foi muito mais demérito de um adversário ruim do que mérito gremista.
- Churín entrou no meio do primeiro tempo. Não foi brilhante. Bem pelo contrário. Foi discreto. A questão é que, pasme, ele jogou 22 minutos e deu 14 toques na bola. Diego Souza ficou 68 minutos em campo e participou 8 vezes. Fez bem mais em pouco tempo. É um fato que o Diego jogou com Robinho boa parte do tempo, mas os números favoreceram o Churín.
- Pra completar a noite, Maicon sai irritado, direito pro vestiário, e o Pepê deixa o gramado brabo, jogando coisas no chão. Não quero me precipitar e bancar aqui que a bronca deles é com o Renato. Embora a do Maicon pareça, de fato, uma treta com o treinador. Só que, sendo treta ou só irritação pelo pouco futebol, a notícia é ruim, né? É sinal que as coisas tão erradas no vestiário.