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Grêmio

Ferreira faz o diferente, time apresenta evolução tática e Tiago coloca o Grêmio no Gre-Nal da final

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Lucas Uebel/Grêmio
  • Tiago Nunes faz o melhor começo de trajetória possível comandando o Grêmio. Em cinco jogos, cinco vitórias. Leva o time pra final do Gauchão e tá com a classificação encaminhada na Sul-Americana. Não tem como ser melhor. Colocou um time pra jogar, manteve a base, faz seus ajustes. Parece muito no caminho certo.
  • A classificação veio de uma forma muito tranquila, mas pra mim tem um fator responsável por isso: a estratégia de jogo. E ai, mais uma vez, vamos elogiar o treinador. Por que? Porque o jogo foi baseado muito em jogadas pelas laterais, pelas pontas, apostando na chegada, de surpresa, dos volantes que viravam meias. Tu consegue notar que existe uma estratégia de jogo. Pode estar no começo de uma forma, a execução ainda não tá 100% pelo pouco tempo, mas é um time que entra em campo orientado. Sabe o que fazer.
  • Ferreira foi, com sobras, o melhor campo. Deu a assistência do gol do Matheus Henrique e fez o dele entrando a dribles na área. Que facilidade o Ferreira tem para “limpar” o marcador. No primeiro gol, deixou o cara sentado. No segundo, o dele, passou no meio de dois e foi pra rede. Só não marcou dois porque um bateu na trave num chute de fora da área. Hoje, é o melhor jogador do time. É incrível como esse cara faz o diferente, vai pra cima sem medo de perder a bola. Que baita começo de temporada.
  • O jogo ainda teve Vanderson e Ruan fazendo grandes partidas. Vanderson é uma pena não ser titular. Não tem explicação. Por melhor que o Rafinha seja, ele tem que ser titular. O Ruan conseguiu evoluir ao lado do Geromel. Aliás, quem não melhora do lado dele, né? Seguro, com a velocidade de sempre. Coloco estes dois como os melhores após Ferreira.
  • Thiago Santos fez outra partida muito boa e com uma virtude. Mesmo quando errou, não deu em nada porque o Ruan salvou. Eu sempre falo isso do Geromel. Ninguém debate que ele é um monstro como zagueiro, mas uma virtude oculta dele é que suas falhas não dão em nada. Isso vai até um pouco da sorte. Porque se tu falha e sai gol, tudo mundo lembra. Se o companheiro salva, nada acontece.

Matheus Henrique marcou o gol porque teve liberdade para invadir a grande área e sempre é difícil quando o volante aparece de surpresa – Lucas Uebel/Grêmio

  • Tiago tem uma missão muito clara: dar um jeito na bola aérea defensiva. O Caxias não conseguiu marcar, mas sempre é um susto. Bola parada só tem uma coisa a fazer que é treinar. Não há outro segredo. Pode ser marcação homem a homem ou até por zona, mas tem que treinar todos os dias até os caras pegarem. É a missão do Tiago agora pra frente.
  • Uma coisa que pode e deve ser melhor olhada com o tempo é o aproveitamento da base. Ok, o time tem Brenno, Ruan, Darlan, Gui Azevedo entrou. Mas Diogo Barbosa não é o ala dos sonhos e Churín, de novo, teve suas dificuldades. Em uma situação normal, até penso que eles estariam no final da final. No entanto, pra mim fica claro que o Tiago tá dando chance pra todo mundo. Ninguém vai ter direito de dizer que não teve chance. Cortez jogou, agora o Diogo. Depois, vem o Guedes. Espero que o Guedes pegue sua chance.
  • Por falar nisso, o Churín é um baita cara, bom de grupo, deu o toque pro Ferreira no segundo gol, mas perdeu um gol na cara do goleiro. Ele tá longe do ideal pra um reserva do goleador do Brasil Diego Souza. O Ricardinho começou fazendo um gol por jogo no Gauchão. Penso que não fosse essa ideia de dar chance pra todos, o Ricardinho já estaria jogando.

Matheus Henrique desmaiou após choque com o goleiro do Caxias na hora do gol. O ideia seria ter saído da partida -Lucas Uebel/Grêmio

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