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As duas versões na negociação do Borré com o Grêmio

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Diego Haliasz/River

Versão da direção do Grêmio: Segundo o presidente Romildo, em entrevista no canal Band Sports, em São Paulo, após uma reunião virtual onde os dirigentes ouviram textualmente Borré dizer que aceitava a proposta, o contrato foi e voltou várias vezes, mas nunca assinado. Sempre com a promessa de assinar “amanhã” ou “depois de amanhã”.

Não teve um prazo imposto onde o Grêmio disse que daquela data não passaria, mas o que incomodou foram as várias vezes que o documento não era assinado ou porque o jogador estava concentrado, jogando ou precisava fazer algum outro ajuste, mudança nas cláusulas.

Estas situações geraram insegurança na direção, que teve dúvidas se o jogador realmente queria vir jogar aqui e decidiu encerrar as negociações ao não ver tanto interesse do centroavante. Romildo garante que a nota foi definitiva, não tem mais como fazer o negócio.

Presidente confirmou insegurança do Grêmio na vontade do Borré em jogar aqui – Reprodução

Versão do empresário André Cury, que tinha a procuração do Borré: O Grêmio jamais deu prazo para assinar. Nunca teve um ultimato ou coisa do estilo. Portanto, não tem como dizer que o jogador não cumpriu sua palavra.

O atraso na assinatura aconteceu porque foi preciso fazer uma troca no advogado que representava o jogador. O primeiro advogado, que é argentino, queria mudar umas cinquenta cláusulas no documento enviado pelo Grêmio. Isso, claro, é inviável. Borré então foi buscar um outro advogado, colombiano, de sua confiança.

Na sexta, estava tudo certo e vazou a informação na imprensa argentina que ele já tinha até assinado. Isso incomodou o River Plate, que cobrou o atleta como se ele tivesse escondendo algo, tivesse assinado sem comunicar ninguém.

Isso deixou Borré apavorado e ele preferiu segurar a assinatura após o jogo contra o Racing, pra não incomodar o River Plate. O Grêmio foi comunicado desta decisão e concordou.

Na segunda, começaram a dizer para o Borré que no Brasil os clubes não pagam o direito de imagem, que a fama aqui é pagar só o salário da carteira e tudo mais. Isso o deixou confuso e foi preciso toda uma operação para mostrar ao jogador que o Grêmio não é um clube assim, que paga em dia e tudo mais. (o agente não fala isso, mas soube que o Borré ligou para jogadores como o Orejuela, também colombiano) para saber do pagamento.

Dúvida ultrapassada, durante a terça-feira, Borré pediu para assinar o contrato na quinta-feira. Motivo? Ele queria dar uma entrevista na quarta explicando sua saída do River. É muito grato ao clube argentino e queria sair da melhor forma.

Tudo mudou na tarde da terça-feira, quando o CEO Carlos Amodeo ligou para o agente pedindo para segurar a assinatura porque teriam uma reunião de diretoria para avaliar a contratação. Após essa reunião, o Grêmio comunicou a desistência. Disse estar inseguro com a vontade do jogador e, por isso, estava retirando a proposta.

Mesmo assim, André Cury jura que, se o Grêmio voltar, o Borré assina o contrato. Diz isso porque o colombiano nunca disse que não jogaria no Grêmio, apenas estava negociando. Então, pelo jogador, ainda tem negócio. É só a direção gremista procurar, que o jogador ainda quer.

Reprodução

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