Grêmio
Os 5 acertos que tornaram o Tri da Libertadores uma realidade pro Grêmio
- Grupo: eu não tinha visto um grupo tão diferenciado assim no futebol gaúcho. Talvez o Inter de 2006 possa ter um elenco, fora do campo, parecido. São jogadores intelectualmente diferentes. Caras que pensam, que tem vida, que não são daqueles lunáticos que só falam a mesma coisa. Fora que são amigos fora de campo, saem juntos, existe parceria. Fica mais fácil correr um pelo outro assim. Sem dúvidas, se tivesse que achar o grande segredo deste Grêmio, esse é o ponto principal.
- Direção: Romildo assumiu lá atrás prometendo fazer do Grêmio “o maior clube brasileiro, sul-americano e mundial.” Disse isso em seu discurso de posse. E, quem diria, começou vendendo todos os jogadores caros, mas está no caminho certo. Independente do que acontecer nesta final, ele fez o Grêmio forte de novo. Odorico merece créditos. Com seu jeito mais calmo, é um cara que sabe manter o equilíbrio na maior parte do tempo. É fundamental pro seu cargo.
- Renato: Quem lê o livro do Guardiola descobre que o Bayern contratou ele pra “consolidar um estilo de jogo, uma identidade”. Só que antes dele, os dois últimos treinadores tinham começado uma linha de raciocínio, que ele só lapidou. Roger começou um processo e Renato deu seu toque brilhante. A conquista terá a cara dele. Cara de quem jogar de jogar bola, cara de quem gosta de um time confiante, daquele jeitão que “se acha o tal” dele. Renato tá maduro, inteligente, só entra nas polêmicas que precisa, protege seu grupo. Está, seguramente, no auge da carreira.
- Jogadores: não se faz omeletes sem ovos. O time é bom, muito bom. Vejamos:
- Grohe tá numa fase fantástica. Até quando erra, acerta. Tá pegando tudo. A confiança dele é gigante. Tá na hora dos poucos que ainda não confiam nele, mudar de opinião.
- A melhor dupla de zaga da América. Galvão, Casagrande e Saraiva falavam isso no Bem Amigos e eu concordo. Os caras se completam. Geromel técnico, Kannemann raçudo. Eu, pessoalmente, gosto mais até do Kannemann. Que jogador.
- Arthur foi um baita “achado”. E digo achado porque ele só tá jogando porque Walace forçou pra sair e melou a contratação do Musto. Joga demais. Cara que vai brilhar na Europa. Organiza todo o jogo lá de traz.
- Luan joga que é brincadeira. Flutuou em campo contra o Barcelona. É o cérebro do time. Ramiro e Fernandinho correm por todos, ele pensa por todos. É preciso disso.
- Barrios é goleador. Precisa ter pra pelo menos ter dois zagueiros ocupados num cara só. Fora que tem 8 gols na Libertadores. Salvou contra o Botafogo, por exemplo. Vale a pena sua contratação.
Continuidade: Quase ninguém forma um time campeão em um ano. O Cruzeiro conseguiu isso recentemente, mas não é a lógica. Desde 2015, os caras jogam juntos e apenas peças vão sendo agregadas. Se perguntar pro capitão Geromel, ele pensa que esse é o principal motivo do sucesso. Disse isso pra gente. Olha quanto tempo o Geromel tá aqui, o Ramiro tá aqui, o Luan e o Fernandinho estão aqui. Everton é outro que já tem o DNA do clube. Ganham entrosamento, identificação,
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