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Uma vitória com golaços, que escancara o quanto Roger é aficcionado pelo jeito de jogar do novo Inter

Publicado

2 semanas atrás

5 de novembro de 2024

Por

João Batista Filho

Ricardo Duarte/Inter

Uma vitória emblemática, que escancara o quanto Roger é aficionado na segurança tática do seu jeito de jogar. Isso porque o Inter estava vencendo por apenas um gol, o Criciúma teve que se fechar porque ficou com um a menos, e Roger seguiu mantendo a confiança que, no seu jeito de jogar, iria conseguir resolver a parada.
Tem dúvida? É só prestar atenção que, mesmo com retranca e toda dificuldade, não teve balão pra área e sequer chuva de cruzamentos de qualquer jeito para ver se alguém resolvia em uma bola de cabeça. Todos os lances seguiram sendo tentados da mesma maneira. Isso é orientação de treinador. É confiança no trabalho.
Pra não dizer que Roger não muda ou não tem variação, ele faz alguns ajustes conforme precisa trocar de jogadores. No segundo tempo, como Alanpa teve que sair com dores, ele centralizou o Gabriel, por exemplo. Dessa vez, não teve Borré e Valencia no ataque. Como já estava ganhando a partida, manteve o sistema e mudou os jogadores de posição, Wesley veio pra direita, Gabriel centralizou, Wanderson entrou na esquerda e Valencia fez o comando de ataque. Ou seja, teve mudanças, mas dentro de uma forma de jogar. Ele aposta nisso.
Alan Patrick foi o melhor em campo. Não apenas pelo golaço de falta, mas principalmente por tudo que produz em campo. Em um jogo fechado como esse, foi um dos caras mais acionados. É sensacional vê-lo com todo esse gás, toda essa energia, em campo. Alan Patrick conseguiu melhorar nessa fase. Ele é o mesmo meia brilhante de antes, agora com preparo físico aprimorado. Tá jogando ainda mais que antes.
Wesley fez, mais uma vez, uma bela partida. O golaço dele é coisa de cinema, passou como quis por dois marcadores e finalizou. Golaço. Foi competição de golaço nesta noite. Agora, tem um lance capital com Wesley que preciso comentar. O cara vinha fazendo tudo certinho, ganhou a frente da jogada, limpou o marcador e forçou um pênalti, que não existiu. Levou amarelo por simulação. O meu ponto aqui é entender porque o Wesley fez isso. Afinal, ele já tinha limpado o zagueiro e ficaria de frente pro gol. Dava pra finalizar dali. Não tinha motivo para fazer o que fez. Imagino que Roger irá falar com ele sobre isso.
Borré é um cara mega importante no jeito de jogar, mas as chances de gol perdidas precisam ser citadas. Com 5 minutos, recebeu uma com açúcar do Alan Patrick, ficou cara a cara com o goleiro e estourou em cima dele. Depois, ainda ajudou num lance que quase resultou no gol do Thiago Maia, mas acabou perdendo uma outra chance de gol, pouco antes de sair, quando recebe na grande área do Gabriel Carvalho. Ou seja, temos que falar sobre as chances perdidas.
Rogel fez de tudo para entregar. Poxa, me ajuda a te ajudar, Rogel. Errou lances fáceis. Seja quando deu rosca na bola ou até quando tropeça nela. Nem a “assistência” pro segundo gol alivia sua avaliação. Neste momento, sua titularidade fica difícil de defender. Não duvido que o Roger recoloque o Clayton Sampaio para dar chance pra ele.
A ponta-direita está me deixando bem intrigado. Falo isso porque antes do Gabriel estava de titular e o Tabata melhorava quando entrava. Este é o segundo jogo de participações mais discretas de ambos. Estou tentando entender os motivos. Entre outras coisas, penso que o Tabata possa estar muito afastado da grande área. Como o Bruno Gomes subia e entrava um pouco mais por dentro, o Tabata acabava indo pra linha lateral. Ali, fica distante das coisas mesmo. Até pode ajudar a “abrir” o time adversário, que tem que sair na marcação, mas tu fica longe da área de decisão.
Rômulo saiu de maca, mais uma vez aparentando ter câimbras. Esse é um ponto a olhar. É o terceiro jogo seguido que isso acontece. Porém, quero destacar a segurança que o Rômulo está dando na proteção da zaga. Ele fica no meio dos dois zagueiros para sair com a bola quando preciso, sai mais pela direita quando tá o Thiago Maia e mais pela esquerda quando entra o Bruno Henrique. Tem se mostrado um primeiro volante eficiente e discreto.
O Inter fechou a 13º partida sem perder e vai dormir no G4 do Brasileirão. Tá claro que a vaga para a Libertadores virá, pra mim, o final de temporada servirá apenas para Roger bater o martelo em coisas como o zagueiro pela direita, se Valencia e Wanderson vão seguir no elenco pra 2025 e coisas deste nível.