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Pedro Henrique joga demais, Taison vai embora aplaudido, Alemão faz um baita gol e Inter volta a ganhar

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Ricardo Duarte/Inter
  • Olha, foi um muito bom jogo de futebol que vimos na noite fria e chuvosa desta sexta, no Beira-Rio. Os 13 mil que estiveram aqui (sim, eu estou no estádio, trabalhei na jornada da Rádio Bandeirantes), ganharam uma muito boa partida. O Coritiba tem um time interessante, bem ajustado. Fará boa campanha. Os dois pontas tem bola no corpo e deram trabalho.
  • Mesmo assim, o Inter foi bem melhor em campo e mereceu demais a vitória. Essa foi a partida para provar que o acontecido contra o Botafogo foi um ponto fora da curva.
  • Não tenho como escolher outro jogador, o Pedro Henrique, foi, sem nenhuma dúvida, o melhor em campo. Primeiro, ele foi a linha de fundo e deu um gol de presente pro Alemão. Só que o Alemão perdeu. No segundo lance, conseguiu a consagração. O cara passou por um, dois, três, quatro jogadores do Coxa e só rola pro Taison empurrar pra rede. Um gol que é 99% dele. Merece o topo do pódio de melhor em campo.
  • Depois, vem o Taison. E, olha, não é pelo gol, é pelas jogadas. O Taison foi o segundo melhor. Fez aquelas boas arrancadas, deu passes, foi intenso. Baita partida dele. Que bom ver o torcedor reconhecendo isso. Na saída, a torcida aplaudiu e ele retribuiu. Esse é o melhor pra todo mundo.
  • O terceiro melhor foi pro Moledo. Aliás, é inacreditável como Moledo consegue ficar tanto tempo parado e não perder nenhum tempo de bola, ritmo de jogo ou qualquer outra valência técnica de um zagueiro. O Inter contrata zagueiro, libera zagueiro e ele segue provando que é o melhor defensor do Beira-Rio. Se antecipou, cortou cruzamentos na pequena área, por cima e por baixo ainda.
  • Destaque positivo um para o Alemão. Ele faz o pivô para o gol do Edenilson. Mesmo que tenha errado o domínio, é dele a a assistência. Depois, marcou um baita de um gol. Fez um drible de futsal, trazendo a bola para dentro, e finalizando longe do goleiro. Depois do começo avassalador e da oscilação normal de quem tá despontando em um time grande, parece querer o equilíbrio com duas boas atuações.
  • Destaque positivo dois para o Daniel. Ele foi vaiado na escalação do telão pela torcida e não se abateu. Confesso que não consigo entender o porquê essa bronca tão grande, mas ok. O ponto bom é que, mesmo assim, o cara salvou duas. A primeira foi uma jogada em que o Thauan escorrega e o Léo Gamalho finaliza na grande área. Isso com um minuto e meio de partida. Depois, ainda teve uma com o Hugo, atacante deles que tinha entrado, que entrou sozinho contra ele. Uma coisa é certa nos jogos do Inter: o Daniel vai ter que salvar uma bola cara a cara.

Thauan Lara estreou como titular – Ricardo Duarte/Inter

  • O ponto não tão bom foi a estreia do Thauan Lara como titular. Ele tinha jogada por 10 minutos contra o Cuiabá, ano passado, mas agora foi outra história. O guri, claramente, sentiu o peso dos seus 18 anos. Foi bacana ver o Moledo ajudando, orientando, dando dicas, mas o Thauan estava visivelmente nervoso. Faz parte, é do jogo, o negócio é ir evoluindo.
  • A outra lateral também preocupa. Não pela atuação, mas por uma possível lesão. Falo do Bustos, que saiu sentindo a musculatura. Poxa, foram 26 partidas seguidas. Não tinha visto alguém emendar uma sequência tão longa assim. Saiu sentindo. Uma pena.
  • E a entrada do Heitor, que até pela sequência do Bustos tá sem ritmo, fez diferença. Nem tenho como criticar o Heitor por entrar todo desajeitado. Afinal, é muito tempo sem jogar. O problema é que, na terça, tem mata-mata da Sul-Americana. Se ele jogar, tem alto risco de ter um problema na direita por conta disso.
  • Bom, o negócio é que o Inter venceu e, pelo menos antes da rodada terminar, tá na terceira colocação. Agora, é assistir de camarote os outros jogos e se manter lá em cima.

Ricardo Duarte/Inter

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