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Os argumentos da prefeitura para vetar os jogos de Inter e Grêmio em Porto Alegre

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Jefferson Bernardes/PMPA

Informações que podem ser úteis no debate sobre futebol na pandemia em Porto Alegre:

  • Mais de 90% dos leitos estão ocupados em Porto Alegre. Pelo menos três hospitais estão trabalhando com 100% da sua capacidade. Destes, 35% são de pacientes com Covid-19. O restante são de outras enfermidades.
  • O número de pacientes com Covid-19 em UTIs de Porto Alegre quase duplicou em 20 dias. No dia 01 de julho, a capital tinha 142 pessoas internadas por Covid-19. Nesta segunda, dia 20, o número já chegou em 281 pacientes internados na UTI.
  • Isso que, desde que começou a pandemia, Porto já aumentou em 203 o número de leitos de UTI. Ao todo, são 748 leitos, sendo que apenas 383 são preparados para atender o estágio avançado da doença. Afinal, é preciso ter todo um isolamento de quem está contaminado pelo menos pelos primeiros 15 dias, quando há risco de transmissão.
  • Um ponto interessante é que a taxa de pacientes não residentes em Porto Alegre varia entre 40% e 60%, dependendo de cada hospital. Isso é mais ou menos o que já acontece durante o ano. Há pessoas de várias outras cidades na capital.
  • O secretário-adjunto da Saúde de Porto Alegre, Natan Katz pra Zero Hora que o prefeito fez reunião com todos os hospitais de Porto Alegre e há chance de aumentar em mais 10 ou 15 leitos.
  • O secretário respondeu pra ZH sobre o por quê não se fez hospital de campanha: “Não nos falta espaço para leitos de UTI, o problema não é espaço. Também não nos faltam os respiradores. O problema é insumo e equipe. Hospital de campanha só atrapalharia porque não é só o leito. Tem a estrutura de materiais, exames. A gente nunca pensou em hospital de campanha, nunca achamos adequado. Conseguimos expandir os leitos nas estruturas hospitalares, mas os problemas maiores são recursos humanos e, agora, entrou junto a questão dos medicamentos. No Hospital de Clínicas, o consumo de uma medicação para deixar uma pessoa sedada aumentou em sete vezes de março até hoje”.
  • Uma das saídas seria fazer o mesmo que Manaus fez, que é solicitar apoio de equipes médicas de outras regiões do país. O grande problema é que isso precisa ter apoio do governo federal, algo que a prefeitura diz não saber se vai acontecer. E, principalmente, precisam ter profissionais disponíveis, algo que não existe no momento, segundo informações da prefeitura.
  • Só o Governo do estado pode autorizar a migração de pacientes da capital para outras regiões. Isso está previsto em uma das medidas do governador, mas depende dele.
  • Declaração do Marchezan na live que negou o futebol em Porto Alegre: “Qual cidade gaúcha ou brasileira não iria gostar de ter um Gre-Nal no seu território? Mas essa não é uma mensagem adequada ou respeitosa à situação que nós estamos impondo aos profissionais da saúde e a todos os trabalhadores e empresários da cidade.”
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