Inter
Onde o Inter errou para conseguir ser derrotado pelo Fluminense
- Já é possível dizer que esse é um Inter com a cara do Abel. Óbvio que seria injusto dizer que o cara conseguiu colocar todas suas ideias em prática, mas o esquema, 4-2-3-1, o estilo de marcação esperando um pouco mais e não pressionando no campo adversário, e a maneira de atacar, é toda dele.
- E não há como negar que isso é uma evolução. Os primeiros jogos foram de um time que não sabia se jogava como Coudet ou como Abelão. Agora, pelo menos há uma definição.
- Só que, embora tenha essa melhora, ainda é algo bem distante do que se imagina de uma equipe que precisava brigar na parte de cima da tabela. Esse é o preço que se paga por fazer o que Argel eternizou como “trocar o pneu com o carro andando”.
- É duro admitir, mas é isso que tá acontecendo. Problema que a Copa do Brasil já foi, o Brasileirão tá indo e a Libertadores poderá se ir agora na quarta.
- Sobre o jogo contra o Flu, Maurício marcou um gol, ajudado pelo Muríel, mas teve muita participação. Ele errou muitos passes, é verdade, mas não tem como negar que um meia que tenta jogadas acaba errando muito também. Merece continuidade.
- Caio Vidal, 20 anos, foi a novidade no time. E foi muito bem. Tem personalidade. Não sentiu a camisa não. Ia pra cima sempre.
- Dourado repetiu as boas atuações que vinha fazendo. Edenison também fez bem a dele.
- O gol teve participação do Galhardo. E ele ainda fez dois que foram bem anulados. Não há como questionar. Tentou. Não vai ser sempre que irá resolver.
- Lomba falhou, de novo. Não dá pra levar um gol olímpico. Não dá. O Rodinei disse isso na saída do gramado. Ele até citou que a culpa é do time inteiro. E, ok, poderia ter alguém no primeiro poste, mas Lomba não pode levar gol olímpico. Mais uma falha pra conta.
- Cuesta também entra na lista dos que falharam. Advinha nas contas de quem foi o gol da virada do Fluminense? Sim, do Cuesta mesmo. É incrível como o posicionamento pelo alto deixa a desejar. Falhou feio. Cuesta hoje é mais ponta-esquerda, cruzando bolas, do que zagueiro do Inter.
- A virada do Flu só acontece porque o Inter para de jogar no segundo tempo. Isso não é postura de time grande. Fazer 1 x 0 e parar de jogar no começo do segundo tempo é pedir pra tomar a virada. Foi justa a vitória do Odair Hellmann justamente por isso. O Inter deu essa chance. Esse tipo de situação tem que doer bastante pros caras aprenderem.
- Não tem como entender porque Yuri Alberto não entrou. É verdade que, no novo esquema, só tem um centroavante, mas estava na cara que tinha que jogar o time pra cima. É inadmissível se contentar com 1 x 0. Ainda mais no Beira-Rio e contra um time que não é nada absurdo. Odair fez diferença nesta tarde.
- Por fim, alguém consegue entender por que o Marcos Guilherme entra na ponta-esquerda?