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Citado pelo Ministério Público, PC Magalhães deu sua versão para o que acontecia no Inter

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Ricardo Duarte/Inter

Paulo Cezar Magalhães, chileno e brasileiro, que jogou aqui no Inter no ano do rebaixamento, é investigado pelo Ministério Público porque eles alegam que o Inter pagou R$ 150 mil para ele assinar o contrato e o tio do jogador “devolveu” R$ 30 mil para Carlos Pellegrini.

Em entrevista para o repórter Matheus D’Avila, da Rádio Bandeirantes, o jogador negou tudo. E deu sua versão sobre os fatos do Inter.

“Faz uma semana que eu fiquei sabendo que eu, meu tio, supostamente entregou dinheiro para um dirigente do Internacional. Isso nunca aconteceu. Eu tinha ainda contrato aqui na Universidad, de Chile, tinha uma outra oportunidade para ir jogar a Série B. Estava só na espera, com outro empresário que eu tinha aqui no Chile. Eu deixei meu empresário para ir para o Inter, já que saiu a oportunidade. Eu nunca soube de dinheiro que a gente tinha que dar a um dirigente. Isso nunca aconteceu. Eu estava vendo que um jornal saiu que meu tio fez um depósito a não sei quem. Isso nunca aconteceu.”

Aqui o que ele falou:

“Isso nunca aconteceu, meu tio nunca fez um depósito. Por isso a gente está esperando para fazer, com um advogado, para fazer o cara do jornal… Bom, a gente está vendo tudo legal para que o jornal reporta por tudo que eles falaram, que a gente nunca fez.”

Perguntado se falou com seu tio, ex-jogador do Grêmio:

“Eu conversei, ele não queria falar, mas eu estava atendo. Toda a família estava preocupada, porque eles tem um nome. Ele jogou no Grêmio, foi campeão do Mundo e tudo isso que ele conseguiu foi manchado por algo que a gente não sabia. A gente foi parte de um esquema de um mafioso que estava no Inter e gente não tinha como saber isso.”

Se tinha algo fora do comum no Inter:

“Não, eu nunca vi nada fora do comum. Mais, eu fui com um advogado do Chile para fechar o contrato com o Inter, já que não compreendo muito bem o português, mas sei alguma coisa. Por isso a pessoa mais forte de confiança pra mim foi um advogado e meu tio, meu tio sabia como eram os negócios ai no Brasil, mas nunca vi uma coisa rara no vestiário, nada.”

Como foi o contato para vir jogar aqui:

“Eu só recebi uma ligação do meu tio, que estava com dois empresários, que estava com tudo certo para ir para o Inter e eu perguntei para ele se era verdade porque eu ainda tinha contrato com o Universidad, do Chile, tinha que acabar meu contrato para poder ir de forma livre. Ele falou que sim, Inter pagou passagem, tudo, eu fui e fechei com o Inter. Pellegrini só vi ele no dia que tive que assinar o contrato. Depois, em cada dia que tinha que treinar, eu conseguia ver ele em seu lugar, mas nunca falei mais nada.”

Se é verdade que ele estava treinando em uma praça, em Canoas:

“O cara que tá falando isso é que não tem internet, não olha nada. Eu estava na Universidade, do Chile. Se você for ver, eu fui campeão da Copa do Chile, a gente ganhou do Colo-Colo, o clássico mais grande do Chile. Eu sai campeão. Tinha mais seis meses de contrato ainda, que eu desisti para jogar no Inter. Eu tinha um sonho, de jogar no Brasil, voltar a minha terra. Lamentavelmente, não consegui jogar muito porque tinha outro jogador, o William, que jogava muito também. Eu não tive muita oportunidade. Foi por isso que eu fui embora em setembro, fui embora para o Criciúma porque eu queria jogar. Só que eu voltei e não quiseram renovar o contrato.”

Se sabe de outros jogadores que passaram pelo mesmo:

“Não sei se tem mais companheiros, mas eu aqui no Chile eu nunca vivi isso. Eu tenho 12 anos jogando aqui, sou conhecido aqui, tenho 10 taças no Campeonato Chileno, uma Sul-Americana, e nunca aconteceu isso comigo. Por isso, o que o jornal que tá saindo ai, que eu estava treinando uma praça, não valorizam o trabalho da gente, da família da gente. Isso não é verdade. Se você procurar em qualquer lugar, o Cezar Magalhães, por tudo que conseguiu no Chile, vai sair.”

Está preocupado?

“Eu não tenho porque me preocupar. Eu não fiz nada. Fui parte de um esquema que eles tinham. Acho que tinham mais jogadores para ir, ficou eu, fiquei no esquema deles. E agora meu nome esta sendo manchado, esta ficando mal para a gente para a torcida colorada, que eu estou muito agradecido. A minha filha nasceu ai, o Inter me deu tudo ai. E eu estou agradecido, nunca vou querer fazer mal no Inter.”

Devolvia dinheiro para dirigente?

“Eu não deixo que ninguém ponha a mão no meu salário e nunca vou deixar. Porque eu trabalho eu trabalho para ganhar meu salário. Não vou deixar que um empresário ou dirigente venha e me saque o salário. Por isso eu fui com meu advogado, porque não queria que ninguém tirasse dinheiro de mim sem eu saber. Nem dar dinheiro para alguém para eu jogar. Eu não sou assim.”

Arrependimento?

“Arrependimento não, cara. Eu queria jogar no Inter. Acho que tomei a decisão errada, sim. Tinha que ter ido na oportunidade que me apresentou ir jogar primeiro na Série B, que era o Juventude. Eu não quis ir jogar a Série B, quis a Série A e não tive o processo de adaptação para poder demonstrar o que eu realmente sei jogar. Acho que foi no Criciúma que eu fiz uma melhor expressão minha. E fiquei com um gosto de poder fazer o mesmo que fiz no Criciúma e mais, no Inter. Acho que deveria ter começado de baixo e começar a escalar no Brasil, não direto no Inter. E também com a saída do D’Alessandro, eu fiquei, em parte, um pouco sozinho porque não falava muito português. Eu tinha mais contato com o D’Alessandro e ele me ajudava muito.”

A saída do D’Alessandro o prejudicou:

“Sim, quando ele esteve ai, ele me ajudava em tudo. Quando saiu, eu fiquei afastado de tudo porque não falava muito e me sentia fora do grupo.”

Vai falar com o Ministério Público se for chamado?

“Sim, eu estou disposto a falar o que tô falando agora. Não tenho nada que esconder. Se precisar de mim, vou falar. E se há uma pessoa que realmente está envolvida com tudo isso, que tenha que pagar com o que tenha que pagar.”

Nos últimos dois anos, Paulo Cezar, que está com 29 anos, foi o capitão do Antofagasta, time pequeno no Chile, que chegou na Sul-Americana. Agora, se transferiu para o CD O’Higgins, também da primeira divisão chilena.

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