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Inter mostra a sua realidade e merece ser goleado no Gre-Nal, em pleno Beira-Rio

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Ricardo Duarte/Inter
  • O Gre-Nal mostrou que a realidade do time é a de todos os outros jogos, não é a do Gre-Nal da primeira fase. Aquele dia foi a exceção. O Inter não é aquilo. Ele é o time dos outros mais de 10 jogos ruins que fez com Medina. E, dessa vez, não foi diferente. Foi um time que não tem jogadas em campo.
  • Medina até não inventa muito na escalação. Ele faz algo bem normal. Colocou laterais nas alas, tem dois volantes, um trio de meio-campo e um centroavante que não é bem um nove, mas é longe de ser o principal problema do time.
  • Eu não gosto do David como centroavante, porém, tenho que reconhecer que ele foi o melhor em campo pelos lados do Inter. O que mais jogou ou tentou jogar. Por vezes, não conseguia passar a bola porque não tinha opções pra passar.
  • De resto, também não curto o trio de meio como está posicionado. Maurício na direita, Edenilson pelo centro e Taison na esquerda. Edenilson se encontrou jogando pela ponta direita. Por que mudar? Taison estava na Europa como meia de centro. Qual motivo de colocá-lo como ponta?
  • Agora, por incrível que pareça, esse é o menor dos problemas do time. A escalação em si não é um problema. O principal defeito desse time é não saber bem o que fazer com a bola. O Inter é um time que toca, toca, toca e toca a bola sem sentido. Interessante que o toque é mais na frente, não é aquela troca de passes irritante entre laterais e zagueiros. É na intermediária ofensiva. Só que ele não dá em nada. Igual aos outros. É um saco.
  • Quando jogadores só sabem tocas a bola uns pros outros, sem um sentido, sem um norte, sem uma movimentação coordenada, isso lembra futebol de final de semana. Aquele que a gente joga com amigos. Não dá pra ir pela intuição de cada atleta. Futebol profissional é movimento coordenado. É um lateral passar e saber que tem que cruzar no primeiro poste porque o centroavante tá ali. Ou um volante subir e um meia recuar pra cobrir ele. Coisas assim. Porém, nada disso acontece. É um tocando a bola pro outro. Depende de uma jogada iluminada acontecer.
  • Esse fato depõe muito contra o Medina. Contra seu trabalho no Inter.

Ricardo Duarte/Inter

  • Pontualmente, falando dos jogadores, tem várias considerações. O Kaique Rocha falhou feio no primeiro gol. Ele teve a chance de cortar e não conseguiu. No segundo, Cuesta tira mal e o Daniel também errou pois dava pra ter espalmado melhor o chute do Bitello. Por fim, o próprio Daniel fez um pênalti sem necessidade. Tinha como sair, fechar o ângulo e não derrubar o Elias. Foram vários erros que ajudaram nos gols deles.
  • Paulo Victor foi expulso por uma jogada lamentável. E olha que não era ele o problema do time. Na real, os lances todos eram nas costas do Bustos. O PV fazia a partida dele. Teve até bons desarmes. Colocou tudo fora quando mete a trava da chuteira no meio das partes do Campaz. Tinha que ser expulso. Queria o que?
  • Wesley Moraes entrou no intervalo e nada produziu. Foi pra vaga do Maurício e o David acabou recuado. Ele era pra ser o centroavante, fazer parede, pivô. Não fez nada disso. Mal recebia bolas e, nas que recebia, não contribuiu com muita coisa.
  • Os dois volantes, destaques do primeiro Gre-Nal, morreram na marcação bem feita do trio de volantes do Roger. Não fizeram nada. Absolutamente nenhuma bola diferenciada passou por eles. O Liziero foi como se mal tivesse jogado.
  • Taison foi dos mais esforçados, diga-se. Mesmo assim, era uma usina nuclear pra acender uma lâmpada. Muita força, muita energia para pouca coisa. Puxou um ou outro ataque. Nada demais.
  • Pra fechar, a torcida também não se comportou. Primeiro que foram só 35 mil pessoas. Poxa, o mínimo que se espera são 50 mil. Depois, alguém ainda conseguiu tocar um celular no rosto do Lucas Silva. Um celular. O que passa na cabeça de quem faz isso? Um celular é uma pedra arremessada. Não tem como tolerar. O mínimo que precisa acontecer é punição.

Ricardo Duarte/Inter

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