Inter
Inter mereceu cair, mas episódios do jogo dão vergonha e queda fez Roger se liberar para negociar
- O Inter está fora. Merecidamente, está fora. Vamos combinar, futebol tem que ter alguma lógica. E, por mais que seja difícil o torcedor reconhecer, por mais que você que está me lendo possa ter torcido, seria muito injusto o Juventude ficar de fora. Os caras fizeram muito mais.
- Falando especificamente do campo, nem aquele futebol para dar uma resposta após a queda do Coudet, os jogadores fizeram. Nem isso os jogadores souberam fazer. Agora não tem mais o Coudet para colocar as responsabilidades. E, sim, eu sei que o argentino tem muita culpa em tudo que acontecia, mas tá na hora dos boleiros fazerem sua parte também.
- Cair na terceira fase da Copa do Brasil é um absurdo. Com o gasto que tiveram, o nível de investimento feito, é um crime não chegar nem nas oitavas da competição. Não é um vexame estilo Globo e América, mas é mais uma das muitas decepções que a gestão atual vem colecionando.
- Todo ano tem alguma decepção para a torcida. Nesse, já aconteceram duas. Ambas para o Juventude. O mínimo que precisam pensar.
- Voltando para esse jogo, o técnico interino não fez grandes mudanças. No máximo, recuou um pouco o Alan Patrick e tal, mas, em geral, jogou com os mesmos jogadores e suas variações de posição que o Coudet vinha fazendo.
- E o primeiro tempo foi mais ou menos uma repetição do que o Inter já vinha sendo. Não importa que tinha mais a bola, foi o Juventude que teve mais chances. Eles meteram uma bola na trave, perderam um gol na pequena área até marcar o deles.
- As emoções ficaram para o segundo tempo. Começo pelo primeiro pênalti. Não foi pênalti. O Wesley deu uma bela forçada. Alan Patrick foi muito, mas muito mal. Bateu
- O segundo foi pênalti, mas o desfecho quase foi igual. Valencia bateu terrivelmente. O Gabriel defendeu. O Abner, do Juventude, invadiu e participou do lance. Não há o que debater. Tinha que mandar voltar. Na segunda cobrança, o Valencia fez e ainda deixou uma esperança da virada.
- A virada não aconteceu. Como eu falei, o Inter não mereceu virar e muito menos classificar. Ponto. Eu tenho noção que, nessa hora, é difícil para o torcedor entender, mas futebolisticamente, não seria algo justo. O Inter precisava passar por isso que tá passando.
- O jogo tem um momento histórico. Um inconsequente invade o gramado para bater no Valencia, que perdeu o pênalti. Chega a doer o coração dizer isso, mas INFELIZMENTE o juiz cumpriu a regra. O Alan não pode bater e agredir ninguém. Ele não poderia ter feito o que fez, segundo a regra. A expulsão se justifica pela regra.
- Agora, eu não sou maluco. É óbvio que dá vergonha ver um jogador expulso após tentar defender um colega de profissão. Ainda mais sabendo que teve um sem noção que fez isso e tem chance de sair impune. De alguma maneira, o fato acabou beneficiando o infrator e poderia até ser decisivo para uma eliminação do Juventude.
- O Inter poderá perder mando de campo pelo que o “torcedor” maluco fez. E, se isso acontecer, é difícil contestar. Pelo menos de alguma forma precisam punir esse cara (mesmo que impacte nos outros) pelo que fez.
- Vitão mostrou desequilíbrio. Foi expulso por empurrar um carinha do Ju em uma confusão completamente desnecessária. Aliás, ele e o Igor Gomes estavam em uma confusão precisando vencer. Soma nessa história o Valencia, que foi dar cabeçadinha em zagueiro sabendo que precisava classificar. O mínimo que se espera de um elenco caro desses é
- No fim, Roger classificou. Foi lá e fez seu trabalho. Não deixou toda a situação de bastidor lhe impactar. Esse fato ajuda o Roger para poder negociar tranquilo e até sair numa boa do Ju. Mas evidentemente acaba impactando na temporada colorada.
- Sim, o Inter investiu e sonhava com títulos, mas tá na 12º colocação do Brasileirão, na repescagem da Sul-Americana e fora da Copa do Brasil. Não é nem perto do que se imaginou. Ok, você pode falar da tragédia, mas o cenário tá aí e não tem como mudar justificando o que aconteceu.