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Em jogo cheio de polêmica com arbitragem, time é valente e Anthony brilha para garantir o ponto do Inter

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Ricardo Duarte/Inter
  • O Inter foi valente, foi guerreiro e salvou um empate em uma partida onde não faltou emoção. E o ponto positivo da noite foi o brio dos atletas que deram seu máximo, não baixaram a guarda e conseguiram um empate fora. Para um elenco que toda hora é acusado de ter mental fraco e não se dedicar, é uma demonstração de que as coisas podem, sim, ter mudado no clube.
  • O “bicho” desse ponto tem que ir para a conta do goleiro Anthony. Não há nem discussão que ele foi o melhor de toda a partida. Pelo pênalti defendido, pelas outras defesas também. Olha, o Inter tá muito bem de goleiro. Rochet todos sabemos, mas antes o Fabrício jogou e deu conta. Agora, com Rochet suspenso e Fabrício voltando de lesão, o Anthony mostrou que dá conta do recado. E o Ivan tá no DM e nem voltou ainda. Fica o registro de um elogio para o Leonardo Martins, preparador de goleiros do Inter, porque não pode ser coincidência que todos estão performando. Tá claro que o trabalho dele tá aparecendo. 
  • E, sim, eu sei que a galera quer falar de arbitragem. Então, hoje não tem como escapar. E, sim, eu também não achei ele bem. Principalmente porque deixava todo mundo reclamar e todos ficamos com a nítida sensação que ele não tinha o menor controle da partida. Estava claro que tava todo mundo levando coisas no grito.
  • Dito isso, o vermelho direto do Rogel foi demasiado, mas era pra ser um segundo amarelo e, então, o cara seria expulso. Daria no mesmo. Não consigo argumentar muito aqui.
  • Já o pênalti, foi pênalti. Simples assim. O Valencia abriu todo o braço e a bola bate direto nele. Claramente não teve intenção, mas a regra não é mais essa. Agora, é se o cara estava em posição natural. E braço esticado, naquele lance, nunca será natural. Tinha que marcar.
  • Uma prova que os árbitros não estavam contra o Inter (como eu sei que uma galera vai achar) é que o Fernando fez um lance com alguma semelhança aquele famoso do Ramiro e não deram o penal. Então, penso que dá muito pra reclamar do árbitro fraco, mas não que ele impactou no jogo. 
  • Isso que você leu. A culpa não foi do árbitro. O Rogel seria expulso com segundo amarelo e o pênalti aconteceu. Portanto, o negócio é avaliar o Inter mesmo.
  • Aliás, mesmo com 11 em campo, o Inter já não fazia grandes coisas. O negócio é que, após ficar com um a menos, se acabou de vez no ataque. Roger até tentou uma estratégia, mas não deu muito certo. 
  • Basta ver que o Inter teve uma finalização apenas e o Cruzeiro conseguiu 19 chutes pro gol. Isso sinaliza o que foi a partida. Só eles jogaram. Não tinha como o Inter ganhar.
  • Com 11, Roger manteve o mesmo time que jogou em Porto Alegre. Surpreendeu quando deixou Alan Patrick no banco e bancou Gabriel Carvallho em campo.
  • Quando teve um cara expulso, aos 32 do primeiro tempo, tirou o Gabriel Carvalho, ficou sem armação, mas tentou jogar com os dois pontas e o Borré centralizado. Não deu certo.
  • Tanto não deu, que pelos 20 do segundo tempo, Roger faz três mexidas e organiza o meio com Fernando e Rômulo, Bruno Henrique e Wesley e tentou meter Borré e Valencia pro ataque. Sendo que Borré jogaria um pouco mais atrás, para tentar buscar jogo.
  • E o Borré foi muito valente. Poxa, que cara que fez de tudo para ajudar. Ninguém poderá falar que o Borré não deixa tudo em campo. Assim como todo o time, ele não conseguiu fazer muito na frente, mas fechou espaços, marcou e brigou como toda a equipe.
  • Valencia, além de cometer o pênalti, ainda ficou completamente isolado mais na frente. A bola não chegava e ele não tinha como operar nenhum milagre. É óbvio que temos que falar do lance que teve participação dele, mas é até injusto avaliar qualquer outra situação de ataque pra ele.
  • Dentre estes caras, Vitão foi perfeito na sua atuação. Se a gente poderia ter alguma dúvida sobre a volta dele, o Vitão mostrou que estava com a cabeça no lugar e fez uma partidaça. O que tirou de bola lá atrás foi brincadeira. Talvez, estejamos diante da recuperação de titularidade dele. O Rogel deu a brecha e o cara aproveitou.
  • Se tem um ponto que acredito que o Roger irá refletir será o de conseguir projetar um time que consegue ir pro ataque, mesmo com um jogador a menos. Ele tentou primeiro jogar com os pontas, sem o meia, depois armando um time com os dois atacantes. Nenhum deu certo. É só ver que o Inter conseguiu uma única finalização. Foi só defesa. Tá aqui uma situação para aprimorar, a de achar caminhos para atacar quando, por ventura, tiver com um a menos. É só lembrarmos do Botafogo, aqui no Beira-Rio, no ano passado.
  • Sendo bem frio, é possível avaliar o ponto conquistado e não gostar. Afinal, uma vitória encostaria o Inter ainda mais da zona de Libertadores. Agora, queimou um dos jogos atrasados com empate. Mas, ok, não é nada absurdo. Olhando que ganhou em casa e empatou fora, isso acaba ficando em segundo plano. 
  • Hoje, a distância para o G6 é de 10 pontos, mas com três jogos a menos. O que significa que o Inter tem, sim, muitas chances de brigar por essa vaga ali. E olha que nem estou falando em ampliação pra G8 ou até G9, que podem acontecer. 
  • Resumindo, o alvo de disputar a Libertadores é possível.
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