Inter
Conseguiram acabar com a temporada do Inter EM JULHO
- Estamos em julho. Em julho e o ano do Inter acabou. Deu, já era. Nesta temporada, se formos pensar em títulos, não muito mais o que fazer.
- A queda na Sul-Americana, mais uma dentro de casa, encerra com a expectativa de algum título em 2024. A única coisa que resta agora será tentar classificar para a Libertadores e começar a pensar em alguma coisa para 2025. Até porque, não tem como falar em título Brasileiro agora, né? Ninguém é maluco a esse nível.
- Roger fez um time com uma linha de quatro da defesa, dois volantes, Alan Patrick centralizado como meia, dois ponteiros (Borré na direita e Wesley na esquerda), com Valencia de centroavante. Mudou um pouco, mas nada foi eficiente.
- O Inter teve 76% de posse de bola e fez um único gol somente. É isso que a gente fala quando se refere a posse de bola improdutiva.
- O primeiro tempo é caso de estudo. Na real, é o mesmo caso que já vem acontecendo há um tempão no Beira-Rio. O Inter começa insinuante, Bruno Henrique na direita e até Renê, chutando na esquerda, indicavam uma pressão colorada.
- O tempo foi passando e até tentativa de meia bicicleta do Borré aconteceu. Todo mundo imaginava que seria uma noite diferente. Baita engano. Bastou um gol dos caras que o Inter desmoronou. O psicológico ruiu. Acabou.
- O gol do Rosário também precisa ser estudado, né? Uma bola que subiu, desceu, pingou e sobrou pra o zagueiro deles fuzilar. Tinha uns oito ou nove jogadores do Inter na grande área e levaram o gol com um homem a mais em campo. Sim, um dos carinhas dele tinha saído para ser atendido. Que coisa lamentável! Mais uma, né?
- E aqui foi um marco. O psicológico se foi. Não existe uma mínima estrutura para tomar o gol e se manter equilibrado. Nada disso. Teve uma hora que alguém foi cruzar na entrada da grande área e acertou no único cara que estava na marcação. Bateu exatamente nele. Típico de quem está instável emocionalmente.
- Falando apenas dos jogadores, ficou até difícil dizer quem estava mal. Rômulo e Renê foram substituídos, mas se o Bruno Henrique, o Robert Renan, o Borré, Valencia, Alan Patrick ou Wesley saíssem, não seria nada errado. Tava todo mundo abaixo do que pode, sabe e deveria jogar.
- Robert Renan passou o jogo inteirinho correndo perigo. O cara flertou com a tragédia a partida inteira. Poxa, não tem ninguém para encostar nele e dizer para fazer o simples. O Rosário poderia ter feito mais uns dois, só pelos erros de saída de bola dele.
- No intervalo, Roger tirou Renê e colocou Bernabei. Fez isso porque ele claramente subiu os dois laterais e o Renê não conseguia ir bem no apoio. E ficou uma cena engraçada. Afinal, a torcida vibrava em cada jogada do Bernabei, muito porque ele realmente entrou melhor, mas principalmente porque todos queriam o Renê fora do time. E não tem como conviver nesse clima. Quando chega nesse ponto da torcida ter que chamar atenção para corrigir algo, é porque a comissão técnica (seja ela qual for) e a direção estão muito mal.
- Tá extremamente difícil defender Borré e Valencia. Nenhum dos dois tá conseguindo entregar o que se espera deles: gols e boas jogadas no ataque. Estão bem longe do nível ideal. O Borré admitiu isso no Rio de Janeiro.
- Outra coisa que fica cada vez mais escancarada é a parte física. O Inter tá extremamente prejudicado fisicamente. A sensação que dá é que os atletas não têm força. Não tem força física. Em vários momentos, deu para ver que tentavam, mas o corpo deles não ia.
- Já adianto que penso ser extremamente injusta qualquer crítica aos jogadores do tipo “não tem vontade”, “não tem raça”, “falta entrega”. Não, nada disso. Falar assim, pra mim, é limitar o futebol ao aspecto anímico. E não é isso. É muito mais. Até porque, eu tive total convicção que eles queriam, só não conseguiam.
- Eu queria poder falar do Roger. Penso que poderia ter colocado o Gabriel Carvalho antes, o Alario também poderia ter entrado mais cedo, enfim, mas pow, o Roger chegou faz seis dias. E pegou um elenco derrotado na Copa do Brasil e que tinha perdido a partida de ida na Argentina. Como eu vou falar alguma coisa?
- A direção vai colocar mais um grande erro na sua gestão, que cada vez mais acumula feitos deste naipe. Desta vez, conseguiram jogar a decisão da Copa do Brasil e o primeiro mata da Sul-Americana com o treinador interino. Isso beira o absurdo. E, sim, eu sei que o Coudet foi quem pediu para sair, mas o presidente é o responsável pelo clube, ele é quem comanda e deixou as coisas chegarem nesse nível.
- Aliás, não era nem pra existir essa decisão. O Inter só tava decidindo agora porque foi para a repescagem da Sul-Americana. E, sim, o Inter caiu na REPESCAGEM.
- Repito o que disse antes. Conseguiram acabar com o ano em julho. E eu tô sendo mega otimista dizendo que agora é brigar para jogar para chegar na vaga da Libertadores.
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