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Alan Patrick dono do time, Hyoran surpreende, Alario mostra pra que veio e Inter ganha com protagonismo do Coudet

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Ricardo Duarte/Inter
  • O Inter não só venceu, como convenceu. Jogou muito mais que seu adversário e teve condições, inclusive, de fazer uma goleada.
  • E, sim, eu sei que o rival é o Tomayapo, mas era o que o Inter tinha pra jogar. Aliás, contra esses mesmos caras, foi empate no Beira-Rio. Então, diante de tudo, é preciso ver os pontos positivos que essa vitória trouxe.
  • O único ponto a lamentar é que faltou um gol, né? Fosse 3 x 0, o Inter jogaria pelo empate, na última rodada, contra o Delfín. Só que vamos combinar, se tu conseguires vencer o Delfín, no Jaconi, não merece ir para a repescagem. É claro que tem que vencer. Se jogar como jogou nesta noite, vai vencer.
  • A vitória tem um protagonista: Eduardo Coudet. Ele roubou o protagonismo na escalação. Mesclou todo o time, colocou vários reservas em campo, inclusive tirando Wesley e colocando Hyoran de titular. Deu certo. Hyoran não jogava há meses e foi um dos melhores em campo.
  • O time foi organizado, tinha um propósito e criou diversas chances de gol. Aquela posse de bola não foi improdutiva. Foram 73% de posse, com 28 finalizações e várias com perigo. Hyoran perdeu uma em baixo do gol, Alan Patrick perdeu de cabeça, o Alário também teve suas chances e isso fora os muitos impedimentos que o VAR marcava.
  • A forma de jogar foi bem parecida com a anterior. Thiago Maia buscava a bola entre os zagueiros, Bruno Gomes fez a do Aránguiz, dois meias nos lados (Maurício e Hyoran), com Alan Patrick revesando entre segundo atacante e armação e o Alário na frente. Nada muito diferente do que normalmente acontece. Porém, com uma melhor execução.
  • Pra mim, a melhor notícia da noite foi o Alan Patrick novamente sendo protagonista. Nesta retomada de jogos, não estava sendo ainda. Óbvio que são poucos jogos, mas é o que temos pra avaliar. E ele foi bem mais ativo, participativo desta vez. Em um híbrido entre meia e ataque, com Hyoran sendo mais meia por dentro do que ponteiro. Foi o armador que todo mundo queria. Quando o camisa 10 arma, é provável que se tenha mais chance do que quando um zagueiro arma, não acham?
  • Hyoran foi surpreendente. Não vou negar. Jamais imaginei que ele jogaria tão bem após tanto tempo sem atuar. Na comparação, foi melhor até que o Maurício. Embora, diga-se, Maurício foi melhor do que vinha sendo. Estou apenas comparando os dois com funções parecidas em campo.
  • Alario claramente é centroavante. Perdeu um pênalti e fez um gol logo após. Outra, a capacidade dele de finalizar do jeito que a bola vem é invejável. Não tem muito o que ajeitar. Do jeito que recebe, o Alario sabe chutar. Isso é bem difícil conseguir. Eu sigo acreditando que é uma das melhores contratações desta temporada. Digo mais, se jogar no mesmo nível que jogou antes da lesão, pode fazer mais gols que Borré. Sua característica indica isso.
  • A fase do Wesley é um negócio impressionante. O cara entrou no final do segundo tempo e conseguiu ser protagonista nos poucos minutos recebidos. Tá em uma fase maravilhosa. Tem drible, tá sendo inteligente para saber que jogada escolher e faz tudo em velocidade. Que ótimo jogador está se mostrando.
  • Bustos foi outro que, penso, precisa ser elogiado. Gostei dele.
  • Não é uma crítica, mas deixo aqui a consideração: e o Bernabei, hein? Não vai jogar nunca esse rapaz? Na fase que todos sabemos do Renê, seria uma boa ver o Bernabei jogar.
  • Bacana ver a estreia do goleiro Fabrício. Não foi exigido, mas é uma história de vida. O cara tem 38 anos e estreia com a camisa do Inter, em um jogo de Sul-Americana. Para quem estava jogando no Nova Iguaçu, olha a volta que o mundo deu pra ele.
  • Também muito bom ver o Lucca entrando novamente. Apesar de todas as contratações, Lucca e Gustavo Prado merecem suas chances de ir jogando. Fizeram por merecer isso.
  • Enfim, uma vitória que recoloca o Inter no caminho de conseguir a vaga pra o play-off, que nada mais é do que uma repescagem que a Conmebol fez. E, já que está nessa situação, o caminho agora é sair dela. Esse caminho começou a ser conquistado agora.

Ricardo Duarte/Inter

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