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Grêmio

Uma noite típica de Grêmio! Bom futebol, vários protagonistas, muito sofrimento e a classificação garantida!

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Lucas Uebel/Grêmio
  • É impressionante como o Grêmio sabe crescer em Libertadores. Depois daquelas rodadas iniciais, a classificação, com uma rodada de antecedência, é um fato marcante na vida gremista. O Grêmio está nas oitavas. E passa com méritos de vitórias fora de casa, contra Estudiantes e Huachipato, nas condições que foi o segundo tempo desse jogo. 
  • A vitória dá ao Grêmio a chance de jogar contra o Estudiantes apenas para saber se vai ser primeiro ou segundo colocado no grupo. Se for primeiro, pega o Peñarol nas oitavas e depois (possivelmente) o Flamengo, nas quartas. Se for segundo, pega Fluminense e depois o Galo (provavelmente) nas quartas.
  • Bom, falando do jogo, é óbvio que seria com drama, com emoção. Renato coloca o mesmo time que tinha batido o The Strongest, com Dodi de primeiro volante, Galdino na direita, Cristaldo centralizado, Soteldo aberto na esquerda e Diego Costa sendo protagonista no ataque.
  • Quem viu o primeiro tempo, achou que seria um passeio. O Grêmio faz 1 x 0, em escanteio, que o Diego Costa antecipa o zagueiro e mete para rede. Com ele, não tem conversa, o cara sabe fazer isso. Que jogadoraço. Confesso pra vocês que sinto que todos nós valorizamos pouco ele porque ainda estamos com o Suárez no pensamento, mas a temporada do Diego é absurda. Não somente por gols, mas pelo futebol na totalidade. Por tudo que está entregando dentro de campo. Seja de orientar os companheiros, meter medo no adversário e até fazer as jogadas andarem.
  • O primeiro tempo teve outras três chances claras de gol. Todas elas pararam na trave esquerda do goleiro deles. Pepê, Soteldo e Galdino pararam lentamente na trave. O Grêmio poderia, facilmente, descer pro intervalo com 4 x 0 no placar. Não seria exagero.
  • Como a vida do Grêmio parece que precisa ter sofrimento, o segundo tempo foi um caos. Renato tirou Galdino e meteu Nathan Fernandes. Na teoria, poderia melhorar, afinal, teria mais velocidade.
  • Só que não tinha como ter velocidade. Caiu o mundo. Na boa, com aquela chuva, fica difícil cobrar qualquer coisa de técnica e habilidade. O negócio era ser inteligente para jogar conforme o gramado embarrado pedia. 
  • Vamos combinar que, por sorte/competência, o Grêmio conseguiu seu gol antes. Se essa chuva caísse, com 0 x 0, seria terrível. Sofrimento maior ainda. 
  • E aquela velha máxima, um campo ruim, ajuda quem tem menos qualidade. Foi o que aconteceu. O Huachipato cresceu demais na partida. Não foi apenas por chuveirinho, eles também souberam jogar nas condições que estavam. Claramente, foram superiores. 
  • Marquesín foi o melhor em campo. A contratação dele se justificou nessa noite. Olha, fica difícil achar a melhor defesa dele. Foram pelo menos umas cinco de extrema dificuldade. O melhor, disparado. A transmissão chegou a chamá-lo de herói da partida. E foi quase isso mesmo. Não fossem as muitas defesas dele, estaríamos falando outra coisa agora. Então, Marquesín ajudou demais na classificação. 
  • Além dele, como já falei do Diego Costa, ainda preciso citar a dupla de zaga. Rodrigo Ely e Kannemann. Sim, Ely. Jogou muito bem. Das melhores partidas desde que chegou. Foi aguerrido, firme, seguro e tirou tudo que pôde ali de trás. 
  • Pra mim, a segurança que o Dodi dá na frente da zaga faz toda a diferença neste time. O jeito de jogar melhora, o Pepê cresce de produção e as coisas acontecem. 
  • Sabe quem jogou super bem? Ele, o Cristaldo. E não fez gol. Até deu a assistência, no escanteio, mas a partida foi bem melhor. Ok, teve um lance que foi fominha e tentou entrar com a bola ao invés de servir o Ely, que apareceu de surpresa, mas no geral, sua partida foi muito boa.
  • O Grêmio está classificado. Só que, mais do que isso, classificou jogando bom futebol e com personalidade de quem sabe enfrentar adversidade. Uma baita noite.

Lucas Uebel/Grêmio

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