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Grêmio

Primeiro Gre-Nal da final tem um time que chega muito melhor que o outro!

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Lucas Uebel/Grêmio

Penso que tá muito claro apontar quem chega melhor neste Gre-Nal. E, sim, Gre-Nal tem favorito. Favorito não quer dizer vencedor, isso só com bola de cristal, mas sim é preciso dizer quando um time está em um momento melhor ou mais avançado.

E, pra mim, o Grêmio chega bem melhor pro clássico. Mesmo que ele seja no Beira-Rio. Só que não ter torcida nivela bastante esse ponto.

Eu vejo isso não pelas vitórias contra adversários fracos na Sul-Americana ou Gauchão, mas sim pela ideia de jogo do Tiago Nunes que me parece bem mais fácil de entender dos jogadores do Grêmio.

Afinal, Tiago chegou há bem pouco tempo, praticamente manteve a forma de jogar, mas foi fazendo ajustes básicos que estão fazendo a diferença.

Tiago Nunes mudou o Grêmio, mas sem grande impacto do que já estava sendo feito – Lucas Uebel/Grêmio

Quer ver?

  • O sistema de jogo tá quase um 4-1-4-1, com um volante na frente da zaga, o que deu muito mais segurança
  • Os volantes tem liberdade para chegar na área como surpresa e Diego Souza, que era meia, volta pra tabelar e puxar marcação
  • Os pontas não precisam voltar ate a defesa toda hora quando perdem a bola, pelo contrário, quando o time perde a bola, a ordem é pressionar pra roubar a bola no ataque

Do outro lado, Miguel tem mais tempo de trabalho, só que seu jeito de jogar mudou radicalmente tudo que era feito e até agora está claro que os jogadores não assimilaram totalmente.

Veja bem, não estou nem avaliando se é certo ou errado, estou apenas relatando o fato que o time tá custando pra pegar. Isso é só olhar o jogo ou ouvir as entrevistas. Todos os jogadores dizem isso.

Além desse novo jeito de jogar, apostando que todo mundo guarde posição e espere o companheiro chegar com a bola, ainda tem outra situação que impacta demais no desempenho do time: Miguel muda a escalação a cada partida.

Miguel veio justamente para mudar tudo que estava sendo feito no Inter – Ricardo Duarte/Inter

Sim, sua ideia é que cada adversário merece uma análise dos pontos fracos e fortes e, conforme o adversário jogar, o Inter vai mudar para explorar isso. No entanto, a realidade tá mostrando que a mudança vira uma roleta russa. Pode dar muito certo e golear, mas pode desajustar todo o time e perder pra equipes fracas.

E esse é o ponto fraco do Inter: Miguel acertar a estratégia que vai usar no dia. Se acertar, grande chance de ganhar. O problema é que não estão sendo poucos os dias em que a estratégia é errada, com Marcos Guilherme e tudo mais.

O ponto fraco do Grêmio é, sem dúvidas, a marcação na bola aérea defensiva. Essa foi a única mudança mais radical do Tiago Nunes. Mudou de homem a homem pra por zona com alguns sendo marcados individualmente. E isso é bem difícil de mudar após mais de quatro anos fazendo a mesma coisa. Esse é um ótimo ponto a explorar do Inter. Ainda mais com Rodinei e Cuesta afiados como estão.

Sobre o elenco, penso que são basicamente iguais. Uma ou outra diferença. Douglas Costa nem foi anunciado ainda e Taison não tá inscrito no Gauchão. De resto, é meio parecido, um ganha aqui, outro lá. O elenco do Inter talvez seja melhor nos reservas, já que o Grêmio só tem o Diego Souza, por exemplo. Mas não é nada absurdo.

Somando tudo isso, penso que o Grêmio chega melhor porque o trabalho segue uma mesma linha, com ajustes que melhoraram o time. A mudança radical do Miguel, que foi um pedido da direção que quer pensar a longo prazo, ainda demorar para aparecer no campo com regularidade.

Grêmio chega melhor no clássico – Lucas Uebel/Grêmio

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