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Grêmio tá na final, mas tomou sustos, ouviu vaias, viu decisão dura do Renato, goleiro herói e Suárez perdendo duelo

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Lucas Uebel/Grêmio
  • O Grêmio está na final do Gauchão. E só conseguiu passar nos pênaltis, após um susto gigantesco em uma semifinal pra matar torcedor do coração. Se é verdade que o Grêmio foi a melhor campanha até então, é fato que a semifinal reservou mais tensão do que imaginávamos para o clube. E isso, apesar dos descontos por desfalques, precisa ser refletido na Arena.
  • Bom, mas falando da partida, Renato optou por um jeito de jogar que eu não tinha visto ninguém cogitar. Ele meteu Thaciano de primeiro volante, Bitello de segundo, com Galdino, Vina e Ferreira no trio de meio. Infelizmente, destras novidades, só o Thaciano foi bem de primeiro volante. De resto, Ferreira saiu mais uma vez lesionado e o Galdino foi substituído no intervalo porque estava apagado.
  • No primeiro tempo, o jogo foi mais parelho. O Grêmio, claro, tinha mais a bola e criou mais chances, mas eles ainda conseguiam algum tipo de resposta.
  • Na segunda etapa, o Ypiranga consegue um gol que, por mais incrível que pareça, foi muito cedo pra eles e relativamente bom para o Grêmio. Sim, eu explico. Os caras marcaram quando estávamos com quase oito do segundo tempo. E isso é sempre bom, mas marcar cedo fez o Grêmio acordar quando ainda tinha tempo para marcar. Foi isso que aconteceu.
  • A partir do gol gremista, basicamente, só o Grêmio jogou. O time finalmente começou a ir pra cima de todos os jeitos. Porém, a verdade é que as jogadas só encaixaram mesmo pelo alto. Primeiro com Bitello cruzando pro Thaciano e depois com o Reinaldo pro Bruno Alves. Ambos os gols em escanteios curtos, olha ai.
  • A estrela da noite tem que ser Adriel. Fez ótimas defesas nos 90 minutos e pegou dois pênaltis na decisão. Se antes, os goleiros não passavam confiança, esse passa e muita segurança. Penso que estamos diante de um goleiro que chegou para ser titular e não sair mais. O grande legado deste Gauchão vai ser esse descoberta no gol gremista.
  • Suárez é sempre um capítulo a parte. Ele protagonizou um duelo particular com o Caíque, goleiro do Ypiranga. E o Caíque venceu todas ou quase todas, só o pênalti passou. De resto, o goleiro levou a melhor sempre. Suárez foi o centroavante de sempre, mas preciso registrar que a sua finalização poderia ter sido mais precisa em vários momentos. Se olharmos com calma, vamos ver que teve chute que foi em cima do peito do goleiro e ou lance que ele claramente estava sem ângulo e deveria ter passado. Como é o Suárez, que tem merecidamente crédito, dá pra entender, deixar passar. Porém, fazendo a análise exclusiva dos 90 minutos, foi um dia de finalizações que poderiam ter sido mais precisas dele.
  • Como destaques ainda cito o João Pedro, que tem me surpreendido após as avaliações não tão positivas que recebi dele na imprensa paulista. Tá jogando até mais que o Fábio.
  • Thaciano foi bem como primeiro volante e marcou o gol que mudou todo o cenário do jogo. O empate ali era a única chance de uma virada. Foi o que aconteceu.
  • Das coisas difíceis de entender na partida é que, mais uma vez, Ferreira começa como titular e deixa o gramado lesionado. Foi carregado para o vestiário, sem conseguir encostar o pé no chão. É difícil entender o que acontece com ele. Por que tantas lesões? O que está sendo feito errado? Não pode ser somente azar. Ferreira é muito mais assunto fora dos campos do que dentro dele.
  • Não consegui entender o Renato. Ele claramente não começou com o Thiago Santos porque queria evitar o clima ruim com a torcida. E, quando precisava tirar o Galdino, colocou justamente o Thiago Santos? Sério? Pra quê? Era óbvio que isso traria vaias para a Arena. Detalhe que, minutos antes da troca, na saída do intervalo, a transmissão flagrou Renato acenando para a torcida por conta das vaias que estavam começando. Ou seja, ele sabia que o clima estava ruim e, mesmo assim, achou uma boa ideia colocar o jogador que é o símbolo de vaias para o torcedor. Olha, difícil entender o que passou na cabeça dele na hora.
  • Cristaldo entrou em campo e parecia descontado. Não fez muito, mas penso que foi o legítimo jogador que entrou pro sacrifício, pra tentar o tudo ou nada.
  • Quem não tá conseguindo tirar nada é o Diego Souza. Tanto que ele mesmo quer e vai antecipar a aposentadoria, né? Não gosto de decretar o que um jogador precisa fazer na carreira, é uma decisão muito pessoal e muito importante, porém, a analise do campo aponta que ficou gritante suas dificuldades de ter o ritmo dos demais.
  • Bom, o Grêmio tá na final. Só que o susto foi grande.

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