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Grêmio ganha de virada do Vasco e os responsáveis são Renato e Thaciano

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Lucas Uebel/Grêmio
  • Antes de avaliar qualquer atuação, é preciso focar nos pontos. Os três pontos contra o Vasco indicam que faltam apenas mais três vitórias nos últimos nove jogos que restam na Série B. Renato, em um jogo, conseguiu reverter a onda negativa que existia e agora ficou quase impossível imaginar que o Grêmio não vai subir. Tá na cara que irá voltar e diria que até com alguma tranquilidade.
  • Depois, não tenho como começar falando sobre tática e técnica sem o lado anímico. Eu confesso que fiquei muito confuso por conta da intensidade desse jogo. O Renato sempre foi um cara que tem o grupo na mão. Isso, todo mundo sabe. Agora, a empolgação dos jogadores em campo, a intensidade do jogo, nós nunca vimos com Roger. E ai que pergunto: por que? Eu não vou ser leviano e acusar ninguém sem ter nenhuma informação de bastidor que indique isso, mas é duro entender porque não foi assim antes.
  • Focando no jogo, ele praticamente começa 1 x 0 para o Vasco. Em um lance que foi um misto de falha da marcação de não proteger a entrada da grande área, com mérito do batedor. O carinha deles pegou um chute que chegou a 98km. Foi uma paulada. Chute seco. Mérito deles.
  • Mas ai vem aquela história da famosa frase que diz: “há males que vem para bem”. Pois é, a lesão do Campaz, com três minutos de partida, foi uma situação ruim que mudou o cenário da partida. Ele foi o melhor jogador da partida. Mas disparado. O time jogou pela empolgação e o ritmo dele. Quando saiu, a intensidade caiu, as jogadas não aconteceram mais. Foi, sem dúvida, o maior protagonista da tarde.
  • O primeiro gol nasce de uma ida na linha de fundo do Edilson. Ele, que tanto é cobrado pela questão física, lembrou seus melhores momentos. Não acho que fez uma partida do nível anterior, mas é um começo, pelo menos foi mais do que vinha sendo. E ele, ao natural, vai ser mais que o Rodrigo Ferreira.
  • A virada vem pelo Thaciano e o Biel. Thaciano ganha a bola e lança o Biel e o ponteiro teve o mérito de ganhar na velocidade e devolver na medida para o gol da virada. Isso tudo em 20 minutos de partida. Altíssima intensidade. Intensidade como há muito não se via.
  • Só que, se Thaciano foi o melhor, Brenno foi o segundo melhor em campo. Ele salvou pelo menos duas vezes. Uma no primeiro tempo e outra no segundo. No primeiro, pegou uma pancada do Nenê com o braço estendido. Depois, teve uma cabeçada no escanteio. E, na boa, a torcida aplaudiu pouco ele. Principalmente na primeira defesa, eram para a Arena ter vindo abaixo. Foi coisa linda de ver. Salvou geral ali.
  • A real é que foi um jogo que poderia ter terminado 3 x 3 no primeiro tempo. O Nenê parou no Brenno e na trave. O Bitello acertou uma na junção da trave com o travessão. Era jogo para mais gols na primeira etapa ainda.
  • No segundo tempo, o Grêmio voltou ainda mais dominante. O que é um baita elogio. Ninguém quis administrar resultado. Nos primeiros 15 minutos, foi pressão para roubar a bola e várias foram roubadas lá na frente. O terceiro gol não saiu por pequenas coisas que podem ser melhoradas do ataque. Só que, com o que esse time, não dá para esperar muito mais.
  • O grande problema foi justamente o Thaciano ter que sair. Ele sentiu o tornozelo e acabou deixando o gramado para entrada do Lucas Leiva. E, sim, Renato colocou um volante na do Thaciano. E nem recuou o cara, meteu na meia mesmo. Lucas foi o camisa 10 gremista. Ficou bom? Não. Ficou horrível. Isso ajudou colaborou muito para praticamente não termos jogadas boas de ataque nos 25 minutos finais. Penso que foi um erro. Não tem como negar, é só olhar a partida a partir dai, mas o Grêmio venceu e ninguém nega a estrela do Renato nestas horas.
  • E nem todo mundo foi bem. Que eu lembre, essa foi a primeira vez que Diego Souza foi completamente apagado, mesmo jogando na Arena e com bola chegando na frente. Teve uma outra vez que a bola não entrou, mas teve quatro ou cinco chances. Nesta, nem isso. Ficou bem distante do seu ideal.
  • Guilherme também não teve sucesso nas suas jogadas. A jogada morria por ali. Nem ele e nem o Diogo Barbosa conseguiram fazer grandes coisas pela esquerda do gramado. Uma pena. Principalmente o Guilherme, chegava na bola e não conseguia ter continuidade, sequência, lance de perigo. Não gostei do seu jogo.
  • Enfim, foi uma das melhores partidas tardes de futebol. Vimos 50 mil gremistas com outra vibração na Arena. Saiu aquele ranço, aquela desconfiança dos tempos do Roger. Entrou um outro ambiente da torcida e dos jogadores. Ah, os jogadores. Eles estavam bem mais motivados dessa vez.

Lucas Uebel/Grêmio

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