Grêmio
Grêmio bate recorde negativo, tem apenas uma pequena esperança e a minha visão impopular dos pênaltis
- Polêmicas a parte, o resultado é trágico. O Grêmio iguala um recorde negativo como o time que mais empatou numa mesma edição do Campeonato Brasileiro. Com isso, segue na sétima colocação e hoje estaria indo para a Pré-Libertadores.
- Mais uma vez, a equipe jogou apenas em um dos tempos da partida. Isso porque o primeiro tempo foi do Santos. E nem eles foram tão bem assim, é que o Grêmio não conseguiu jogar.
- A segunda etapa começou bem diferente. O Grêmio fez dois gols em sete minutos e jogou como há muito tempo não conseguia. Foram os primeiros 10 do segundo tempo. Jogou tabelando, trocando passes, sendo o time que a gente conhece de tempos. Tanto é que, no gol do Pepê, o Renato fez sinais com as mãos dizendo que finalmente estavam tocando e aparecendo, se deslocando, sendo o time que a gente sabe que existe.
- Olha, se existe uma boa notícia desta partida foi o sopro de esperança que as tabelas dos gols do Jean e do Pepê trouxeram. No fundo, o Renato sabe disso. Tanto que fazia sinais de alívio nos gols de ambos. A expressão era nítida de quem pensava: até que enfim estamos jogando de novo.
- Neste processo, achei bem mais interessante o Matheus Henrique. Jogou mais atento, com passes mais verticais e perto da área.
- Jean também entrou na área mais vezes. Fez o gol assim. Isso é um ponto positivo.
- Achei interessante a proposta do Renato que sacou o Jean e ficou com Lucas, Matheus e Maicon como um trio de volantes se movimentando o tempo todo. O Abel elogiou isso no time do Grêmio. Esse meio-campo que se movimenta é um baita segredo do time vencedor.
- Rodrigues está tendo pequenos erros que custam caro. Ele foi muito leve na dividida do primeiro gol do Santos. Poxa, o cara é zagueiro, tem que chegar firme. Eu, não marcaria falta. Porém, entendo que é um lance que os juízes constantemente marcam. Só que o Rodrigues não pode ficar a mercê da sorte. Chega forte, chega firme. Vai com força com o cara.
- Por sinal, o desarme tem sido um grande problema. Só pra gente ter noção, foram apenas cinco bolas roubadas em quase 100 minutos de jogo. O Santos teve mais que o dobro. Tá na hora de pegar mais, brigar mais, botar o pé na dividida, ganhar a bola e sair rápido.
Arbitragem:
- Vou ser bem sincero, se eu fosse árbitro, não teria marcado o primeiro pênalti, em cima do Pepê. É só prestar bem atenção que se vê que o goleiro não encosta no Pepê. Foi o Pará que chegou por trás, mas quando o Pepê vê que não vai chegar na bola e que o lateral santista tá encostando nele, o cara salta. Fez isso segundos depois, inclusive.
- O pênalti do Matheus Henrique não tem nem o que debater. Ele sobe pra cabecear com todo o braço pra cima. Conseguiu ir na saída de campo dizer que sequer subiu, mas ele subiu, a imagem é clara. E ainda disse que levou um tranco. Não é bem real. O cara encosta nele depois, quando tá descendo. Não foi tranco pra desestabilizar ou coisa do tipo. Matheus errou.
- Por fim, o Luiz Fernando subiu com o braço aberto. É duro, mas o braço tá estendido, aberto. Difícil defender. O lance é muito semelhante ao do Geromel e o Wellington Martins na semifinal da Copa do Brasil do ano passado. E, se lá o Grêmio achou que foi um erro, aqui tem que achar que é pênalti. Se não, fica sem critério. Todo mundo repercutiu que houve o erro na Copa do Brasil de 2019. Então, tem que ser agora. O fato de terem errado lá não pode fazer repetir o erro agora.
- Uma última: o arbitro principal não foi no VAR nos dois primeiros pênaltis porque o cara do campo marcou e o comandante do VAR concordou com a marcação. E ele foi chamado no último porque nitidamente não viu que a bola bateu no braço do Luiz Fernando. Traduzindo, o VAR só chama quando discorda do que foi marcado em campo e pede revisão. Se ele já marcou o pênalti e o vídeo confirma isso, não tem porque chamar. Esse é o protocolo. Você pode discordar, tudo certo, mas não vão mudar ele faltando cinco jogos pro final da temporada, né?