Entre pro time

Grêmio

Ferreira e Borja salvam o jogo e conseguem um empate que pode ser muito útil pro milagre acontecer

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Lucas Uebel/Grêmio
  • Olha, foi um jogo pra irritar e encher de esperança qualquer gremista. Aquela famosa partida que tu joga a toalha e vai buscar ela mais adiante porque tudo mudou depois de um tempo.
  • Antes de tudo, é preciso dizer que ninguém entregou nada. O Flamengo jogou pra ganhar. Óbvio que não é o mesmo time que tá na final, mas ainda assim jogaram sério e tentando vencer.
  • Ok, alguém vai dizer que o Renato não comemorou o gol e, por isso, entregou. Gente, ele não comemorou porque tem uma estátua há poucos metros de onde estava. Nada de entregar ou facilitar.
  • Claro que não foi a melhor coisa que poderia acontecer, mas era o Flamengo e o resultado deixou o Grêmio vivo. Melhor, avançou um ponto. Pra mim, só vamos saber se esse empate foi muito útil ou trágico na sexta, quando acontecer o jogo contra o Bahia. Se vencer em Salvador, que é até mais fácil porque eles são fracos, o empate vai ter sido estratégico. Se perder, praticamente acabou.

Borja e Ferreira deram sobrevida ao Grêmio – Lucas Uebel/Grêmio

  • Em campo, a decepção foi o primeiro tempo. Mancini apostou no mesmo time, repetiu praticamente todo mundo, só não colocou o Kannemann porque o quadril dele não deixou. De resto, foi a mesma equipe. Mas a real é que o time não entrou com a gana necessária de uma decisão contra um time superior a ti. Foram numa rotação média, como se fosse um jogo normal. Não era.
  • No primeiro tempo, o máximo que teve foi uma chance do Jhonata Robert que, de cabeça, chegou a tirar do goleiro, mas ai o zagueiro deles tirou entrando no gol. De resto, o máximo foram jogadas normais, sem ver o Grêmio protagonista. Por alguns minutos, até poderia se imaginar que era um jogo ajeitado.
  • Mas, como eu disse, não foi. Afinal, o começo do segundo tempo foi do Flamengo. Jogada do Rodinei, ninguém marcando, famosa avenida Cortez, lançou pro Vitinho, de canhota, finalizar. Detalhe que quem teve a chance de cortar o cruzamento foi o Rafinha.
  • Depois, com 1 x 0 pra eles, o Jhonata Robert trata de deixar tudo melhor pro Fla. Consegue levar amarelo por jogar a bola longe e depois por colocar o corpo na frente do Vitinho. Acabou expulso. Não tem nem o que reclamar. Pode não ter sido cotovelaço como o árbitro indicava, mas era lance pra amarelo. Segundo amarelo. Faltou inteligencia nessa. Além de desempenhar pouco futebol, perder um gol de cabeça, ainda foi expulso.
  • Pra piorar, Ruan falou lindamente numa bola que era pra dividir com o Kenedy. Resultado? Cruzamento e novo gol do Vitinho.
  • Como gremista gosta de sofrer, Ferreira assumiu a responsabilidade e, sozinho, sem mérito coletivo algum, sem jogada ensaiada alguma, cruzou pro Borja empatar.
  • Depois, foi o Borja quem devolveu a ajuda. Ele sai da área fazendo a proteção, escora pro Ferreira bater, com jeito, por cima do goleiro deles. Olha, um empate pouco provável, mas que tem o Ferreira carregando o time.
  • No final, ficou luta de boxe nos últimos rounds. Era soco de um e soco de outro. A famosa trocação. Grêmio atacava, Flamengo respondia. E assim foi indo. O Arrascaeta quase fez um gol, mas Ferreira também teve sua chance. Enfim, foi jogo pra cardíaco nessa hora. Partida boa pra quem não torcida pra ninguém e tava só vendo um jogo e tal.

Jhonata Robert errou e foi expulso merecidamente – Lucas Uebel/Grêmio

  • Falando pontualmente, não tem como não escolher o Ferreira o melhor em campo. Sim, muitas e muitas vezes, ele abusa da individualidade. Só que isso tem a ver também com o fato do time não ter coletivo. Essa deficiência, esse problema, do Mancini não ter feito um time, meio que deixa ele contra o mundo e ai a única saída é tentar, driblar. Várias vezes perde, mas em pelo menos duas o Ferreira resolveu.
  • Diego Souza não conseguiu fazer quase nada. O Borja entrou e melhorou. Um gol e uma jogada do segundo. Foi bem melhor. Aliás, eu sei que sou um defensor do Diego Souza (e sou mesmo), porém, a simbólico quando tu paga R$ 800 mil pro Borja e o cara não é teu titular absoluto. Isso explica muita coisa. Mesmo assim, Borja merece o segundo melhor da partida.
  • Geromel precisa ser lembrado porque aos 44 do segundo tempo ele tava dando carrinho na lateral, roubando bola do Kenedy. Que coisa boa ver Geromel jogar. É o mesmo de antes? Não, nem perto. Ele é melhor que todos os outros. E isso, hoje, já basta.
  • Uma outra menção honrosa pro Gabriel Grando (ex-Chapecó) que fez ótimas defesas. Partida muito boa dele. Segurou o que pôde, tomou os gols que não tinha como pegar.
  • Como sempre, nem todo mundo foi bem. Rafinha falhou no primeiro gol, Ruan falhou no segundo. Johnata Robert comprometeu ao ser expulso. Depois, ainda dá pra lembrar que o Lucas Silva não repetiu suas boas atuações.
  • Chego no Douglas Costa. Em 17 minutos, deu uma pedalada na lateral e nada mais. Se já estava difícil antes, imagina agora, voltando de lesão. Não parece que o milagre vai passar por ele. Não tem nenhuma condição de jogo.
  • Tô dividido com o Mancini. Não gosto do time em campo, mas concordo com a repetição de um time. Também não aprovo as trocas com Alisson entrando, mas quem o cara vai botar? Não tem muito o que fazer.
  • Por fim, o empate não é o melhor, ainda mais se a gente pensar que era um Flamengo reserva. Outra, mesmo se vencer o Bahia, na sexta, ainda não vai sair da zona de rebaixamento. Fica perto, mas não sai. Por outro lado, agora o Tricolor precisa de três vitórias em quatro partidas. Esse é o foco.

Gabriel fez boas defesas no jogo – Lucas Uebel/Grêmio

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