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Só um tá se salvando, tem gente com preguiça em campo, Mano fez uma confusão e Inter é vaiado no Beira-Rio

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Ricardo Duarte/Inter
  • Foi uma vitória ok, com atuação ok. Diria até que foi um jogo aberto, onde o Inter poderia ter feito mais e os caras também poderiam ter feito mais também. Só que aí é que mora o problema. Não seria ruim se estivéssemos falando de um Inter x Corinthians, com vitória apertada no Beira-Rio. A questão é que foi contra o CSA e, mais uma vez, o time jogou menos do que (quase) todo mundo gostaria.
  • Mano confirmou a mudança de time. Pedro Henrique e Wanderoson nas pontas daria uma esperança. E, na minha visão, não passou por eles. Ambos tentaram jogar e ajudaram na marcação. Não foi por eles que o Inter levou gol e até poderia ter sofrido mais. A culpa é de muita gente, inclusive que ficou olhando eles, menos dos dois ponteiros. Não teve falta de marcação deles.
  • Ah, não quer dizer que tenham sido brilhantes, tá? Só não são culpados. Foram medianos. Pedro até fazer a jogada do gol, mas errou o pênalti. Wanderson tá falhando demais na execução das jogadas. No geral, ele acerta o que fazer, erra na execução. Também poderia ser mais decisivo. Parece que falta fome de gol pra ele. Gosta mais de assistência do que gol.
  • O primeiro tempo foi bem estranho. O Inter consegue um pênalti no começo, que o Pedro Henrique bate no meio e perde. Erro dele. Bateu mal. Não tem muito nem o que falar. Errou.
  • Dito isso, não achei pênalti. O VAR chamou por um lance bem normal. Eu, não marcaria.
  • Logo depois, o CSA consegue o gol. Uma jogada que, pra mim, mostra a disposição ou a falta de disposição que os carinhas de vermelho estavam. Ficou todo mundo olhando, a bola rebate no zagueiro, mata o Vitão no lance e, de virada, o camarada deles mete pra rede. Faz o 1 x 0 com o Inter olhando eles. Cena que representa muito do que foi a atuação.
  • O Inter consegue o empate e depois a virada por conta do único que jogando muita bola. Alan Patrick cansou de só pifar os caras e foi pra área concluir no primeiro e pegou rebote, de canhota, pra fazer o 2 x 1. Não fosse o Alan, estaríamos falando até de uma derrota em casa. Ele salvou todo mundo. O bicho deste jogo tem que ir pra conta dele. Jogou quase que sozinho em vários momentos. Melhor em campo e, diria, que único que se salva no time atualmente.
  • Ele e Keiller. Desta vez, se redimiu, um pouco, dos erros recentemente. Fez ótimas defesas. Sim, pasmem, não fossem dois milagres dele, estaríamos falando de coisa pior aqui. Keiller teve que pegar cabeçada a queima roupa pro Inter não se dar mal em casa. Foi bem. Merece esse crédito.
  • Luiz Adriano é difícil de explicar. Parecia com a cabeça em qualquer lugar, menos no Beira-Rio. Andava em campo perdido, sem rumo, sem empolgar. Muito ruim de assistir um camisa 9 deste jeito. Todo mundo imaginou que ele voltaria querendo encerrar a carreira em alta. Até agora, nem perto disso. E, nesta noite pelo menos, deu a sensação de estar desinteressado pelo jogo. Não entrou, não focou.
  • No segundo tempo, Thauan Lara entrou e foi bem. Talvez, a sua melhor partida pelo Inter. Mano fez toda uma reprogramação da defesa, deixou Vitão de lateral-direito, Mercado e Renê de zagueiros e Thuan tinha liberdade para atacar. Imagino que, por isso, tenha subido de produção. Foi melhor como ala, apoiador, do que só na defensiva, que estava quando tinha Bustos.
  • Mas a partida não ia terminar sem sustos. Alan Patrick saiu sentindo a coxa e Mano começou a empilhar jogadores em funções esquisitas. O jogo terminou com Lucca e Alemão no ataque, por exemplo. Na teoria, dois centroavantes. Lucca ficou um pouco mais aberto. Achei confuso. Confuso como tem sido o trabalho do Mano até agora.
  • O fato é que, insisto, o Inter jogou mais que o CSA, porém, fez um jogo razoavelmente parelho com eles. E isso é que complica. Não é um jogo parelho com o CSA que eu e, imagino, você espera. Se joga assim agora, imagina contra Palmeiras, Corinthians, Flamengo.
  • Creio que os 19 mil que estavam no Beira-Rio concordam comigo. Final do primeiro tempo e final do segundo tempo com vaias.
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