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Sem Borré e Alario se complicando, Inter consegue a vitória mais sofrida sob o comando do Roger

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Ricardo Duarte/Inter
  • Essa foi a vitória mais sofrida sob o comando do Roger. Quem olha o 3 x 1, pensa que pode ter sido fácil. Não foi. Bem pelo contrário. O Vitória tá jogando bem há um tempo, saiu da zona e, nesse nível, vai se manter na Série A.
  • A boa notícia é que, se não teve atuação brilhante, teve vitória. Foram 38 mil torcedores no Beira-Rio. Recorde da temporada no Brasileirão. No final, aquela empolgação típica que se vê da torcida quando ela reconhece que o momento é bom. Traduzindo, Roger está fazendo o torcedor vir junto novamente, acreditar novamente e até comprar o barulho desse time novamente.
  • O primeiro grande baque do dia foi Borré estar lesionado. Uma hora antes, foi comunicada uma lesão na coxa que vai lhe afastar por um tempo. Ainda não sabemos quanto, mas não ter Borré complicou demais as coisas. Esse jogo provou isso.
  • O primeiro tempo já não foi bom. Tirando duas jogadas que o Fernando cabeceou na trave e depois deu de calcanhar pro Thiago Maia finalizar, o Inter não teve grandes oportunidades.
  • Tanto, que o gol colorado aconteceu apenas porque o atacante do Vitória fez um pênalti que, se fosse um jogador do Inter fazendo aquilo, seria trucidado por todos nós. O Bruno Gomes trouxe pra perna esquerda, não tinha boas condições pro chute, e o cara mete um carrinho.
  • A real é que, no jogo todo, foram muitos passes errados. Várias trocas que aconteciam com naturalidade antes, dessa vez não fluíram legal. Se olharmos a estatística, vai dar 85% de precisão nos passes, porém, olhando a partida, tivemos várias vezes que os erros foram simples. Uma coisa é não completar aquele
  • Valencia definitivamente não conseguiu ajudar. Quase fez um golaço, de voleio, mas não teve nem de perto uma atuação que a gente sabe que pode fazer. Tem uma das jogadas que é emblemática. Ele recebe a bola na área e, em outros momentos, faria o gol. Neste, ficou ciscando com ela até perder. Má fase tá grande.
  • O grande problema é que entrou o Alario e ficou pior. Ainda pior. A ponto dele receber uma bola na pequena área e cabecear pro lado ao invés de agredir a bola pra tentar o gol. Entendo o Roger querer dar chance pra ele. O cara participou do terceiro gol, só que tem que olhar o lance, ele erra o passe e o zagueiro do Vitória “corrigiu” pro Alan Patrick. Atualmente, o Ricardo Mathias tá mostrando bem mais, por exemplo.
  • O gol sofrido foi falha dos dois zagueiros. O carinha deles cabeceou tendo Vitão na frente e Clayton nas costas. Os dois zagueiros falharam na missão. Roger comemorava ter estancado isso, mas dessa vez a bola entrou. E, no geral, os dois zagueiros estavam abaixo do que se projetaria. E a zaga tá sob olhares de todos nós porque tem poucos zagueiros à disposição.
  • Bom, mas falando dos pontos positivos, Wesley foi o melhor em campo. Fez dois gols. O primeiro, um golaço, entrou a dribles na grande área e deu um tapa na bola. Com ele, aconteceu exatamente o que o Ronaldo Fenômeno sempre fala pros jogadores do Cruzeiro (ele contou isso em uma entrevista) que a grande área protege o atacante. Sim, o zagueiro deles tava apavorado pra não fazer o pênalti que tirou o corpo pro Wesley passar. Baita sacada dele. O melhor em campo.
  • Alan Patrick fez o seu, de pênalti, e ainda deu assistência para o terceiro. Segue jogando no mais alto nível.
  • Como terceiro melhor, destaco o Fernando, principalmente pelas jogadas do primeiro tempo, e divido o prêmio com o Rochet. A segurança que o goleiro traz, mesmo quando o Inter tá sendo pressionado, é incrível. No primeiro tempo, teve uma bola simples que ficou mais atrapalhada dele, só que na pressão do segundo, esteve sempre bem posicionado pra defender. Os dois foram bem.
  • No fim das contas, a vitória é o que conta. Em outros jogos, o Internacional jogava mal e perdia. Dessa vez, não foi bem e fez 3 x 1. É verdade que o Vitória ajudou. Eles deram um pênalti sem sentido e falharam feio no terceiro gol. Porém, como disse, venceu. E, neste momento, o Inter tem aproveitamento de time do G4. Bastaria vencer a partida atrasada que estaria entre nos quatro primeiros. É esse o objetivo possível (porque do quarto colocado para o líder tem 10 pontos. Não tem como tirar).
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