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O horizonte de coisas positivas que se abriu com a vitória do Inter sobre o Cruzeiro

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Ricardo Duarte/Inter
  • A vitória coloca o Inter na cola da primeira página da tabela e volta a aliviar a pressão de quem ainda tá assustado com coisas como Z4 e tal.
  • Na quarta tem o jogo atrasado, contra esse mesmo Cruzeiro. Uma nova vitória e o Inter encosta definitivamente por uma vaga na Libertadores. Olha que loucura uma simples sequência poderá ocasionar. A questão agora é o Inter parar de subir e descer com vitória seguida de derrota.
  • Bom, mais que tudo, a noite foi de uma vitória diante de um time que tem qualidade e jogou retrancadinho no Beira-Rio. E, mesmo que tenha sido só 1 x 0, o Inter furou a retranca. Algo que eu e você sabemos que é uma dificuldade histórica no clube.
  • Diferente do que aconteceu em Goiânia, deu pra ver todo mundo mordendo, pegando e se esforçando. A dúvida é saber se essa melhora tem a ver com Roger ou até com a chegada do próprio D’Alessandro, por exemplo.
  • O gol da vitória foi do Borré. E ele precisa demais disso. Roger manteve a base do time, mudando apenas o Borré entrando na do Valencia. Custou a dar certo. No primeiro tempo, ele teve uma chance, de cabeça, na pequena área, e cabeceou no meio do gol, fácil pro Cássio pegar. No segundo, chegou a dar uma de zagueiro e afastar uma bola que, se bobeasse, entraria sem ele. Roger já tinha chamado o Valencia para entrar, quando o Borré recebe na pequena área e faz seu gol. Gol fundamental pra ele e pro time. Momento perfeito, né? Mais uns minutos e iria sair. Mudou a história da partida.
  • O gol só aconteceu por conta de um cara: o Fernando. Não adianta, ele é diferente. Não há discussão na meia. Isso não quer dizer que o Thiago Maia ou o Rômulo são ruins, apenas que o Fernando é de outra turma. Seja a marcação dele ou até a visão de jogo para dar um tapa na bola que termina em gol.
  • Outro que merece elogio nesse gol é o Tabata. O Tabata entrou no time para não sair. Tá completamente adaptado a ponta direita. Olha, sou mega fã do Maurício e não esqueço das muitas vezes que ele foi importante. No entanto, hoje, o Tabata não faz ninguém ter saudade do Maurício é promissor.
  • Rogel fez uma muito boa partida. A característica dele, de imposição física, de gostar de se antecipar nos lances, é um grande diferencial dos outros zagueiros. Até o fato de ser alto é diferente a seu favor. Pra mim, a zaga titular tem tudo para ser ele e o Mercado. Sim, eu vejo o Mercado melhor que o Vitão, por exemplo. O Igor Gomes já fez ótimas atuações, mas nunca se manteve no mesmo nível. A hora que conseguir isso, vai jogar.
  • Tanto Wesley como o Gabriel Carvalho não jogaram o que sabem jogar. Do Gabriel não tenho nada a dizer. O crédito dele é gigantesco. Foi uma partida não tão brilhante. Aliás, nem sei como o Roger vai resolver esse meio agora que o Alan Patrick voltou. Isso me intriga. Tirar o Gabriel Carvalho é mega injusto. Vamos ver.
  • Só que o Wesley tá abaixo há um tempinho já. E essa é a partida do lance individual. Jogo do adversário retrancado, é a chance de quem tem drible fazer a diferença limpando os lances. É real que o Wesley joga muitas vezes na velocidade e não tinha campo para fazer isso.
  • Prestando atenção nos detalhes, foi um jogo muito mais de bola por baixo, trabalhada, do que cruzamentos estilo chuveirinho pra área. As bolas mais altas eram de lançamentos longos da defesa para o ataque e não pra área, de qualquer jeito. Isso fez diferença.
  • Fisicamente também está outra coisa. Ter as semanas para trabalhar deram ao Paixão a chance de fazer esse time correr bem mais e por muito mais tempo. Tá escancarada a melhoria. 
  • Achei interessante que o Roger não teve medo de fechar a zaga e segurar o resultado. No finalzinho, meteu Vitão e fez um três zagueiros. Protegeu mesmo, sem dor alguma de ser no Beira-Rio. Ninguém sonha com isso quando pensa em uma partida, mas nesse momento de instabilidade e tentativa de recuperação de confiança, é compreensível, né?
  • Como ponto a melhorar, estão as muitas chances perdidas. Seja do Rogel, que teve oportunidades de cabeça nas bolas paradas, ao Borré e chegando até no Valencia, que saiu cara a cara com o Cássio e explodiu a bola no peito do goleiro do Cruzeiro. Hoje, uma bola entrou. Em várias outras partidas, isso não acontecia e aí todos os elogios e pontos positivos se escondiam nas vaias da torcida e nas críticas por um time que caia na tabela. A vitória não pode mascarar.
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