Inter
Goleada contra o Juventude mostra virtudes de um Inter que está em evolução
- Foi um vitória com relativa segurança, com alguma tranquilidade e principalmente com muitas virtudes de um time que soube ser eficiente para golear do Ju sem fazer força, aproveitando as chances que eram criadas. Não foi um time daqueles que amassou o adversário. Foi muito mais um jogo de inteligência do que de intensidade. E tenha noção que isso é um elogio, não uma critica. É uma baita virtude.
- Mano começa o jogo apostando na continuidade de Jhonny e Maurício. E agora parece definitivo, os dois são os titulares e, pelo que jogaram, vão ficar no time.
- O primeiro tempo foi todo pró Inter, que tinha a bola e sempre tentava jogar. É real que encontrava alguma dificuldade porque o Ju estava retrancado, mas como eu disse, foi esperto para esperar a chance aparecer sem se desesperar.
- Foi então que Jhonny abriu o placar na bola parada. E vou até dizer, não tenho os números oficiais (prometo ir buscar), mas os times do Mano sempre foram muito eficientes na bola parada e não estava sendo assim aqui no Inter. Dessa vez, funcionou bem. De Pena cobrou escanteio no primeiro poste e Jhonny guardou. Ótima alternativa para um jogo complexo. A boa e velha bola parada.
- As coisas ficam mais fáceis com a ajuda do Paulo Miranda, que conseguiu fazer um pênalti no Alemão, que estava claramente sem ângulo para fazer o gol. De Pena cobrou, o goleiro defendeu, mas Wanderson, de canhota, meteu pra rede no rebote.
- O Wanderson foi o melhor jogador em campo. O que tá jogando esse cidadão é brincadeira. Na ponta esquerda, marcou gol de canhota, depois cruzou com a perna esquerda para o terceiro gol. Ele fez de tudo com o lado do corpo que nem é o seu melhor, já que o cara é destro. É diferenciadíssimo. Tão diferente que cruzou na medida para o Jhonny marcar o 3 x 0. Novamente um gol de cabeça, mas dessa vez com bola rolando.
- E você deve se perguntar: se o Jhonny fez dois gols, como o Wanderson foi melhor? Simples, as jogadas dele foram tão boas, tão eficientes que, mesmo marcando dois gols, Jhonny ficou um tom abaixo. Wanderosn jogou muita bola. Olhando de fora, parece que é fácil, a execução é tão ao natural que tu pensa que é simples. Não é. É fácil pra ele.
- A noite consegue ficar ainda mais emblemática quando Edenilson marca o 4 x 0, de pênalti. Sim, Sidnei Lobo, auxiliar do Mano, coloca o Edenilson em campo e ele acaba sofrendo um pênalti. O próprio camisa 8 pede para bater e faz o gol, sai beijando o escudo e é abraçado por todos os companheiros. Isso tudo é meio emblemático. Meio na cara que há uma tentativa de reconciliação com o torcedor. Confesso que ainda não sei se vai rolar, afinal, Ede foi vaiado na escalação e na hora que entrou.
- Queria destacar ainda a dupla de zaga. Vitão e Mercado se encontraram de uma tal maneira que dá gosto de ver. Parece que os dois se completam. É até difícil dizer qual tá melhor.
- Alemão foi outro eficiente. Se não marcou o gol, sofreu pênalti, fez pivô no lance de outro gol. Sem dúvidas, o melhor centroavante do elenco.
- Também gostei do Maurício. Principalmente no primeiro tempo, a intensidade dos movimentos era com ele. Não tem como negar que o Maurício da muito mais ritmo ao time que o Alan Patrick. Alan que entrou no segundo tempo e foi bem mediano, não produziu nada diferente. Hoje, Maurício merece a titularidade na disputa com ele.
- Quem também não conseguiu entrar bem, de novo, foi o Taison. Foi mal até em lances que pareciam simples. Teve uma de cabeça que era escorar pra rede e correr pro abraço. Errou. A fase não tá boa. Não é falta de bola. É fase mesmo. Tem horas que tudo dá errado. Não tem outra receita a não ser jogar.
- A rodada termina com o Inter estando a oito pontos do Palmeiras e o próximo jogo é confronto direto com o Corinthians. E ai? Faltando 14 rodadas, alguém acredita?