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Grêmio

Roger dá show, Grêmio goleia, encontra um time, uma forma de jogar e encaminha vaga na final

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Lucas Uebel/Grêmio
  • O resumo do jogo é que o Grêmio foi tão superior como o Inter foi na partida passada, com a grande diferença que o Grêmio soube fazer pelo menos três gols. E falo pelo menos porque dava pra ter sido quatro ou cinco. Não seria injusto. Elias teve chances e até o Churín perdeu o dele.
  • Roger apostou num esquema de três volantes, com Campaz pela direita e Elias na ponta direita. Ferreira não tem lesão, mas sentia dores e, por isso foi vetado. Acabou dando muito certo. Elias foi um dos melhores em campo.
  • A estratégia foi clara e bem executada. O Inter poderia ter a bola, o negócio era sair avassalador no contra-ataque. Foi o que aconteceu. O Inter tinha 70% de posse, mas quando o Grêmio arrancava, era um absurdo. Usando os lados do campo, Campaz e Elias vão fazer os caras terem pesadelos.
  • O trio de meio foi muito bem executado pelo Roger. Villasanti de primeiro volante é a descoberta da temporada. Lucas Silva fez boa partida, mas o Bitello tá se mostrando um volante/meia do nível dos anteriores. Ele tem uma proposta de jogar bem diferente dos anteriores, não é tão distribuidor de bolas. Seu negócio é sair com bons passes, com idas pro ataque e, nesse caso, até de uma finalização de fora que deu o 2 x 0. Ok, contou com falha do Daniel, verdade. Isso não é problema do Bitello.
  • Ainda na questão coletiva, Roger segurou os laterais. Deixou Rodrigues e Nicolas como se fossem quatro zagueiros lá atrás. Fechou os lados de campo, meteu o Villasanti na frente dos zagueiros e saia pra jogar em velocidade com os dois pontas: Campaz na direita e Elias na esquerda.

Campaz jogou muito bem pela direita – Lucas Uebel/Grêmio

  • Sobre isso, o Elias pra mim foi o melhor em campo. Primeiro porque fez o gol do 1 x 0. Recebeu do Nicolas, entrou nas costas do Bustos e contou com a falha do Kaique Rocha. Na frente do Daniel, balançou e tocou pra rede. O gol dele foi o diferencial na partida. Ali, o rival desmoronou. Ainda sofreu o pênalti que o Diego Souza finalizou o 3 x 0. Por isso, pra mim, ele foi o melhor.
  • O Campaz vem logo abaixo. O temor de todos era justamente o comprometimento tático dele. Pois foi o principal destaque dele. Cravado na ponta direita, foi pro ataque, driblou, pedalou e voltou pra marcar, recompor. Taticamente perfeita a partida do Campaz. Aberto pela direita, foi nele a entrada que gerou a expulsão do PV.
  • Diego Souza fez o 3 x 0, de pênalti, sofrido pelo Elias. E meteu a bola no ângulo. Nem chance o goleiro teve. Essa é a diferença dele. Quando tu precisa, tem um cara pra resolver tua parada. Diego tocou pouco na bola, só que quando precisou, teve centroavante.
  • A fase é tão boa que, no final, até o Churín entrou. E isso que ele tava liberado para procurar clube. Todo mundo falava que o argentino não tinha mais como jogar aqui. Sem ter outro, sobrou pra ele. E fez bem o Roger, aproveitou a onda positiva pra colocá-lo.
  • Temos que lamentar o fato de alguém ter tocado um celular na cara do Lucas Silva. Inacreditável. Um jogador gremista teve que sair do jogo porque levou um celular na cara. Ficou meio nítido que veio da torcida do Inter isso. Não tem outra coisa a pedir que não uma punição exemplar. Isso é inadmissível. Um atleta não pode se lesionar trabalhando por um ato de vandalismo.

Lucas Uebel/Grêmio

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