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Grêmio teve que pegar empréstimo elevadíssimo para conseguir pagar salários até o fim do ano

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Lucas Uebel/Grêmio

A informação que vem de dentro do Grêmio é que o balanço financeiro desta temporada vai apontar um déficit, ou seja, um prejuízo, de R$ 50 até R$ 70 milhões ao longo da temporada 2022.

Sim, entre todos os valores que entraram durante o ano e todos que tiveram que sair, ficou faltando essa quantia milionária. O número ainda não tá fechado porque é preciso calcular a os meses de novembro e dezembro, que sempre tem mais despesas como a premiação dos jogadores, férias e 13º. Por isso, a variação. Porém, é certo que a conta tá em R$ 50 milhões e pode chegar em R$ 70 milhões.

Para bancar isso, a direção gremista se viu obrigada a ir aos bancos. Um empréstimo de proporções gigantesca foi feito nos últimos meses. Estamos falando de valores acima dos R$ 60 milhões, no mínimo, que foram pegos no banco para conseguir manter as contas e o salários em dia. Esse valor terá que ser quitado ao banco nos próximos anos e, claro, tem juros.

Tudo isso tá acontecendo porque não conseguiram reduzir a folha salarial. No começo da temporada, a folha estava em R$ 12 milhões. E todas as previsões financeiras apontavam que o vice de futebol, Dênis Abrahão, tinha que reduzir a folha para R$ 7 milhões, no máximo dos máximos, R$ 8 milhões daria para suportar.

Porém, o melhor que conseguiram fazer foi trazer o custo mensal para R$ 10 milhões. E isso então geravam um prejuízo mensal de R$ 3 milhões. O clube estava sempre pagando mais do que recebia da Globo, dos sócios, dos patrocinadores.

A coisa só não é mais feia porque o Vanderson foi vendido no começo do ano. Os milhões de euros dele sustentaram o clube com as contas no azul até a metade desta temporada. Depois, o lastro acabou e o único jeito foi ir no banco.

Lucas Uebel/Grêmio

E olha que a direção teve chance de reduzir essa conta, hein? Eu sei de pelo menos o Thiago Santos, que teve chance de sair, mas vetaram. O Dallas, dos Estados Unidos, o queria de volta, mas primeiro o Mancini e depois o Roger não o deixaram ir porque contavam com ele. E a direção aceitou isso aí.

Agora, a conta veio. E veio com o Grêmio, por exemplo, tendo que pagar R$ 5 milhões de bicho, de premiação, aos jogadores porque eles subiram para a Série A. Esse prêmio foi acertado pelo Dênis Abrahão junto com as lideranças e estava assinado em documento oficial. É verdade que sempre se paga premiação, mas pra quem tá nessa situação atual, é pesado.

A boa notícia nisso tudo é que, por ter subido, a receita sobe consideravelmente. Apenas de tv e outras verbas, estamos falando de, no mínimo, R$ 95 milhões a mais na temporada de 2023.

E os novos dirigentes terão a chance de refazer boa parte do time. Vários contratos irão acabar em dezembro e só tem R$ 500 mil comprometidos em atletas que não jogam mais aqui. Nomes como Douglas Costa e Alisson, do São Paulo. De resto, uma galera vai sair da folha.

A preocupação será com realocar jogadores como Thiago Santos, Lucas Silva, Diogo Barbosa e até caras como o Jean Pyerre, que retorna de empréstimo. Essa será a missão do próximo presidente.

Isso tudo, claro, tendo que pagar uma parcela mensal para o banco por conta do empréstimo feito.

Lucas Uebel/Grêmio

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