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Grêmio precisa aceitar que mereceu perder o Gre-Nal após fazer o que fez!

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Lucas Uebel/Grêmio
  • O Grêmio fez por merecer a derrota no Gre-Nal. Mesmo que tenha jogado bem em alguns momentos, a derrota não pode ser tratada como um jogo atípico ou muito menos injusto. Pelo contrário, o que aconteceu, principalmente depois do gol, é de ser estudado em faculdade americana. Os caras desmoronaram. Tinham a bola e nada sabiam o que fazer com ela. Então, nada de olhar para os outros. Renato e os jogadores precisam olhar pra dentro do campo e ver o que tá acontecendo. Façam isso urgente ou vai ser tarde demais.
  • Desta vez, não tem nem a justificativa do momento, que os outros estão se aproveitando e coisa e tal. O Inter vive o mesmo problema. 
  • Aliás, são seis derrotas consecutivas no Brasileirão. Como diz o Meneghetti nestes casos, se sacudir a tabela, o Grêmio cai dela. Estão brincando com coisa séria. Renato foi para a televisão fazer campanha pedindo para não ter rebaixamento. Não conseguiu. Tá na hora de trabalhar dentro do gramado pra mudar isso. 
  • No jogo, Renato escolheu um time que praticamente todo mundo escolheria. A única dúvida foi a escolha do Galdino para ser o centroavante. Imagino que eu e você colocaríamos o Nathan Fernandes adiantado para ver o que acontece. Mas não foi nenhum crime.
  • Galdino não foi uma tragédia se a gente pensar nele como um atacante, um cara que voltava para tentar jogar. Foi isso que fez. Chegou a buscar a bola várias vezes no meio. Fez o que fazia aberto pela direita, por exemplo. O problema é que estava escalado como camisa 9. E o fato de não ter ninguém dentro da área ferrava todo o resto.
  • Inúmeras foram às vezes que alguém pegava na bola e não tinha pra quem passar. E estou falando isso tudo antes do gol, tá? Gustavo Martins quase entregou porque não sabia onde tocar, o João Pedro parou na lateral e ninguém aparecia. Até o Galdino sofreu com isso.
  • Mas tem boas atuações para falar. O Dodi jogou muitíssimo bem no meio. Dominou o setor. Fez tudo para poderia ali e o Alan Patrick não jogou mais por conta dele.
  • Sobre marcar o Alan Patrick, Carballo falhou miseravelmente. O cara passou como quis pelo uruguaio. A real é que o Caballo ainda não valeu a pena pelo investimento e, neste jogo, ainda comprometeu pela falha grotesca na marcação. Só que essa derrota começou bem antes, quando Pepê foi expulso daquele jeito na partida passada. Uma coisa conecta a outra porque era o Pepê a jogar ali.
  • Reinaldo terá pesadelos com o Wesley. O atacante passou como quis por ele. Levou até drible da vaca. Mais, a insegurança quando o Reinaldo tocava na bola era monstruosa. Não foi só na marcação não. Confesso que não entendo o porquê, mas existe um entendimento que o Reinaldo peca na marcação, mas é bom ofensivamente. Isso é um engano. Claro que irá acertar um ou outro cruzamento, o cara está em campo para isso, mas não é rotina não. Pelo contrário. Acabou sendo o pior em campo.
  • O Grêmio tomou um gol quando até jogava melhor que o Inter. E foi o pior momento para isso. O Inter teve que colocou um meia porque não tinha mais centroavantes. Era a única bala que tinham para tentar vencer o jogo e conseguiram. Falha do Carballo, do Marquesín e até do Geromel, que perdeu para o Vitão no alto. O menos culpado foi o Gustavo Martins, que não tinha muito como sair da bola.
  • Aqui, me permitam uma consideração. O Grêmio leva o gol e não tinha muito o que fazer. Tem a falha de não ter outro centroavante disponível e a do fato do JP Galvão ter sido torrado a ponto de entrar vaiado em um Gre-Nal. Eu jamais vou achar que vaiar ajuda, mas não posso deixar de ler a situação. Renato queimou tanto o cara, irritou tanto insistindo nele, que levou o torcedor a fazer isso.
  • Resumindo, a direção errou ao não ter contratado outro centroavante e Renato ao fritar o cara tentando provar que ele estava certo e todo mundo errado. Deu no que deu.
  • Precisamos falar do que foi o Grêmio após tomar o gol. Ninguém sabia o que fazer com a bola. Nem um chuverinho decente faziam. Ok, é verdade que o Inter fez linha de seis lá atrás, mas não tinha nenhuma alternativa além de ficar tocando a bola DE QUALQUER JEITO um para o outro. Isso é inadmissível.
  • O nível de atuação apresentado nos minutos finais beirou o que é feito nas peladas de pessoas normais (como eu e você) que não ganhamos a vida com o esporte profissional. Motivo? Os caras parecem que desistiram de jogar. Não tinha nenhuma organização tática ou movimento coordenado. No lance que o Inter mete duas na trave consecutivamente, toda defesa gremista ficou olhando eles passarem. Zero organização. Mais, a sensação era que o preparo físico tinha acabado. Até por isso que comparei as peladas de gente como a gente. Sabe no finalzinho do horário que tá todo mundo exausto e o time que tá ganhando faz o gol porque tá todo mundo extenuado? O lance das duas na trave foi isso. Mas isso não é alto desempenho. Nem de perto. É alarmante.
  • Gustavo Nunes foi muito menos do que sabe jogar. Bem menos mesmo. Perdeu um gol na ponta esquerda chutando na mão do goleiro.
  • Geromel até jogou muito bem, mas o rosto dele entregava um cara extenuado aos 30 do primeiro tempo. Sim, do primeiro tempo. Eu sentia sofrimento no rosto dele. Chega a cansar só de olhar.
  • O Edenilson entrou na do Carballo e não conseguiu agregar basicamente nada. Só passe de devolução sem criação.
  • Bom, dá pra ficar horas aqui digitando. A única certeza que tenho é, no final das contas, por tudo isso que falei, o Grêmio não mereceu vencer o Gre-Nal e, se formos mais criteriosos, vamos aceitar que até mereceu perder.

Lucas Uebel/Grêmio

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